Tanques podem ser compartilhados

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Brasília. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou que as três maiores empresas distribuidoras de combustíveis do País compartilhem bases e equipamentos logísticos para normalizar o abastecimento nos postos de todo o País. A decisão ocorre em meio a uma paralisação nacional de caminhoneiros, que já dura nove dias, e tem afetado principalmente o setor de combustíveis.

A solicitação foi feita conjuntamente pela Ipiranga Produtos de Petróleo, a Raízen Combustíveis (que representa Shell) e a Petrobras Distribuidora. Homologado por unanimidade pelos conselheiros do Cade o protocolo de atuação das distribuidoras terá validade de 15 dias e poderá ser aderido voluntariamente por outras empresas. Nesse período, fica completamente flexibilizada a cadeia de distribuição de combustíveis entre as empresas e os postos que representam cada uma das bandeiras.

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"Uma distribuidora possa acessar o tanque de outra, o caminhão-tanque de uma distribuidora possa se abastecer no centro de abastecimento de outra. Isso para facilitar a retomada da distribuição de combustíveis o mais rapidamente possível", explicou o presidente do Cade, Alexandre Barreto de Souza. Segundo ele, o objetivo é permitir que os centros de distribuição que estejam mais próximos dos postos de combustível possam ser acionados no menor tempo, independentemente da bandeira à qual estejam vinculados.

Concorrência

Para o Cade, em condições normais do mercado, esse tipo de prática seria vedada pela legislação de proteção à concorrência. "Porque permite que uma companhia tenha acesso a informações comerciais de outras, preços praticados, volumes vendidos, enfim, pode gerar problemas de ordem concorrencial".

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