Sorveteria usa nitrogênio e valoriza experiência

Escrito por Redação ,
Legenda: Inaugurada em Fortaleza em setembro de 2015, a N2 Ice Cream tem a proposta de produzir um sorvete único para o cliente, feito na hora com o auxílio de nitrogênio líquido. A ideia agradou ao público jovem
Foto: FOTO: KID JÚNIOR

A valorização da experiência de consumo já pode ser percebida na Capital. Um exemplo é a sorveteria N2 Ice Cream, que inaugurou uma loja em Fortaleza em setembro do ano passado. Com a proposta de produzir um sorvete único para o cliente, feito na hora com o auxílio de nitrogênio líquido, a empresa conquistou centenas de jovens que lotaram o estabelecimento durante meses para experimentar a novidade. A loja foi decorada para parecer um laboratório químico, com uma tabela periódica na parede mostrando os sabores disponíveis, seringas com cobertura, tubos de ensaio, tudo pensado na experiência de consumo. "Não é só uma questão de tomar um sorvete. Há essa preocupação para que os clientes tenham uma interação maior com a nossa proposta", explicou Lucas Teixeira, engenheiro de produção e sócio proprietário da sorveteria.

>Varejo terá que fazer mais para atrair cliente 

Após escolher o sabor, o cliente assiste, na hora, a preparação do seu próprio sorvete. Para a fabricação do produto, eles acrescentam o nitrogênio líquido a uma base de sorvete líquida que se transforma em um creme macio. Isso em meio a uma fumaça característica da substância, que surpreende o cliente e oferece uma nova experiência de consumo de sorvete.

Conceito

A ideia foi importada dos Estados Unidos. Em uma visita a lazer para Miami, no ano passado, Lucas Teixeira e Bruno Vieira, administrador e também sócio- proprietário da empresa, conheceram uma loja com o conceito de utilizar nitrogênio líquido para a produção do sorvete. "Nunca tínhamos ouvido falar disso. Conhecemos a loja pela curiosidade e, como já trabalhávamos com sorvete, resolvemos tentar trazer essa ideia para cá", conta.

Eles enfrentaram dificuldades para encontrar fornecedores de nitrogênio líquido para a fabricação do sorvete em Fortaleza, até mesmo para verificar se o negócio era viável, mas, até então, o esforço valeu a pena, pois a experiência tem agradado ao público jovem. "Era tanta gente que não conseguíamos dar conta. Isso porque, além de ser uma novidade para o cliente, era também uma novidade para os próprios funcionários".

Com a experiência e otimização dos processos, a loja conseguiu estabilizar a demanda. "Cada sorvete demora de quatro a cinco minutos para ser feito, mas, agora, já conseguimos andar mais rápido", disse, acrescentando que a novidade já começa a se espalhar pelo País - o primeiro quiosque teria sido em Maringá (SP), seguida pela primeira loja (N2 Ice Cream) e um food truck, em Recife (PE).

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.