Rochas ornamentais podem somar 10% das exportações

O volume de exportações de rochas ornamentais no Ceará ainda é pequeno, em relação à economia do Estado. No entanto, a previsão do mercado é que em cinco anos o valor total de vendas para o exterior seja dez vezes maior que o registrado em 2014.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran-CE), Carlos Rubens Araújo Alencar, a projeção é positiva a médio prazo.

"Hoje, o mercado de rochas ornamentais tem um papel pequeno na economia cearense, chegando em torno de 1%, das exportações do Estado. Em 2020, atingindo os números projetados, a participação deverá ser de 10%", relatou.

O mercado nacional de rochas ornamentais vem crescendo exponencialmente, de acordo com o presidente da entidade. "Em 2014, o Brasil fechou o ano com US$ 1,3 bilhão de exportação, uma evolução tremenda. Para ter uma ideia, em 1990, a exportação foi de US$ 50 milhões. Estamos desenvolvendo ações e nossa perspectiva é que em 2020, o Ceará esteja exportando US$ 150 milhões", conta.

No ano passado, o Ceará exportou US$ 16 milhões em rochas ornamentais, terceiro maior valor do País. O Espírito Santo exportou US$ 1,18 bilhão e Minas Gerais vendeu US$ 176 milhões aos estrangeiros.

Conforme Alencar, os principais destinos dos produtos originários da extração de pedras no Ceará são Estados Unidos, China, Itália, Espanha e Canadá. "Nosso principal cliente são os Estados Unidos. Aproximadamente 70% do que exportamos vai para lá. Nossos produtos base de exportação são chapa polida e bloco", informou.

As rochas ornamentais são aplicados no piso de ambientes comerciais e residenciais e em áreas de cozinhas ou lavabos, utilizadas de múltiplas maneiras por arquitetos e decoradores. O piso do aeroporto de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, por exemplo, é montado por pedras originárias de Santa Quitéria, Interior do Estado.

Relevância

Alencar relata que o Ceará é hoje "a fronteira mais importante do Brasil em granitos super exóticos e quartzitos, que são rochas compostas 100% de sílica, rochas de 500 milhões a um bilhão de anos".

Para disseminar ainda mais conhecimento acerca dos produtos, é realizada desde a tarde de ontem, até sexta-feira (8), a Fortaleza Brazil Stone Fair. O evento, apontado como o maior de rochas ornamentais da América Latina, é focado em arquitetos, designers e decoradores, construtores e incorporadores, mas também está aberto à visitação gratuita para o público em geral. A feira é realizada no Centro de Eventos do Ceará.

Segundo Alencar, é preciso explicar detalhes das pedras para diminuir a utilização e indicação de produtos sintéticos e manufaturados, que consomem mais energia na produção. "As rochas ornamentais, granitos, mármores, quartzitos, limestones, são tipos que possuem o melhor ciclo de vida dentre os produtos de revestimento. Do aspecto da sustentabilidade, supera todos os outros na economia do consumo de energia", ponderou.

A organização disponibilizou 12 painéis técnicos, que abordam o uso de rochas na arquitetura, além de palestras proferidas por grandes especialistas mundiais do Brasil, Portugal e Alemanha. São 60 expositores de empresas locais e países como Alemanha, Itália e Portugal.

Mais informações

Fortaleza Brazil Stone Fair, de 5 a 8 de maio, no Centro de Eventos

fortalezastonefair2015.com.br

Levi de Freitas
Repórter