RioMar com 300 lojas até o Natal

Recife. Quando o RioMar Fortaleza abrir as portas ao público na quarta-feira (29), ao meio-dia, já estará decorado para o Natal e, segundo o empresário João Carlos Paes Mendonça, presidente do Grupo JCPM, trará uma nova perspectiva de desenvolvimento para o setor no Estado. O megaempreendimento, com investimento de R$ 850 milhões, vem com um poder de atratividade para novos negócios e deverá ter um impacto inicial entre 1% e 3% na concorrência, dependendo do caso, mas rapidamente o mercado se ajusta, projeta o empresário.

Caso o RioMar Fortaleza replique o impacto da abertura do centro de compras do Recife, um número superior a 100 mil pessoas passará pelo mall no seu primeiro dia de funcionamento.

A estimativa é de cerca de 200 lojas operando na inauguração, de um total de 385. Até dezembro, o número deverá se elevar para 300 abertas. A expectativa de recolhimento de impostos do novo shopping de Fortaleza atinge a cifra de R$ 150 milhões ao longo de um ano, em tributos nas três esferas do Fisco. Serão oito mil empregos diretos.

Paes Mendonça e seu neto, Marcelo Tavares de Melo Filho, responsável pela operação do RioMar Fortaleza, receberam a reportagem do Diário do Nordeste na holding do Grupo, em Recife. O empresário falou das apostas no Ceará no setor de shoppings e salientou o que o País precisa com maior urgência: a reforma de cunho político. Mas o principal objetivo da visita, em meio aos últimos ajustes para colocar o shopping fortalezense em operação, foi mostrar as semelhanças com o RioMar Recife.

Segundo Paes Mendonça, o espírito de shopping é semelhante ao de um supermercado, no qual quem tem força e iniciativa se desenvolve. Para ele, o cliente busca diferenciais de qualidade, que se traduzem em boa localização, "mix" de lojas diversificado, preço justo e atendimento correto, características que são impressas aos empreendimentos da família RioMar.

O empresário voltou a lembrar que o novo centro de compras de Fortaleza possui uma reserva estratégica de 25 pontos comerciais, para atrair no futuro marcas que interessam pelo que agregam ao negócio. Destacou que este será o primeiro shopping na Capital cearense a ter dois supermercados, o G. Barbosa, do Grupo Cencosud, e uma loja conceito dos Mercadinhos São Luiz. Para JCPM, os empreendimentos que o Grupo traz ao Ceará mudam a face dos locais onde se implantam. Lembra que o Papicu era um bairro degradado e agora dá lugar à valorização, sobretudo imobiliária. Da mesma forma, o legado será estendido ao RioMar Presidente Kennedy, que já teve os primeiros passos da construção e abrirá as portas em 29 de outubro de 2016. Sobre o mercado de shoppings, Paes Mendonça considera ser necessário que os empreendedores do setor do Nordeste se unam em uma associação que conduza os pleitos do segmento ao âmbito nacional. Ele reiterou ainda, que a fase de amadorismo no setor não tem mais espaço e os lojistas devem se preparar para concorrer com as grandes redes do varejo internacional.

Contagem regressiva

Nestes dias que antecedem a abertura do empreendimento, em Fortaleza, a curiosidade do consumidor se aguça e quem visita o RioMar Recife tem uma clara ideia do que a Capital cearense receberá. De acordo com Marcelo Tavares de Melo Filho, a cidade terá um equipamento comercial com ganhos em relação aos de Recife e Salvador, já que este foi erguido posteriormente e aprimorado, "mas todos são muito parecidos", ressalta. Com uma área construída de 320 mil m², o RioMar Fortaleza está encravado em um terreno de 114 mil m². Acompanha as características do centro de compras de Recife, onde o projeto privilegia a luz natural, possui um pé direito alto, com conceito de iluminação através de claraboias que, pelo lado sustentável, geram um consumo menor de energia, explica o empreendedor. Possui um vão amplo, que realça a visibilidade em todas as áreas do shopping. O mall também detém varandas, criando espaços de convivência diferenciados e harmônicos. Uma curiosidade é o número de escadas rolantes dos dois projetos, no Recife são 33 e, no RioMar Fortaleza, 47, além de vários elevadores.

Ainda conforme o empreendedor, a opção em ambos os shoppings é por um conceito que reúne "mix" de lojas, âncoras e megalojas, somado à gastronomia e entretenimento, trazendo eventos que possam mostrar a cultura da cidade, além de atrair o consumidor. "Por ser um shopping regional, de grande porte, tem um poder de atratividade em um raio acima de 20 quilômetros de distância", como ocorre em Recife, assinala Marcelo.

Arte no mall

Em meio ao centro de compras, em vários pontos se encontram, perfeitamente integradas ao ambiente, peças de artistas locais. Em Fortaleza, se poderá ver o trabalho de artistas como Cristina Vasconcelos, Totonho Laprovitera, José Tarcísio e de artesãos da Ceart. No RioMar Recife estão Corbiniano, pinhas de Fernando (de Tracunhaém), esculturas do mestre Joaquim (artesãos que são conhecidos apenas pelo primeiro nome).

Pisos

A divisão de pisos no RioMar Fortaleza parte do E1, no térreo, com academia de ginástica e o Instituto JCPM de Compromisso Social; no E2 se encontra a Alameda de serviços. No Piso L1 estão lojas e Espaço Gourmet (Outback, Tio Armênio, Cabana Del Primo e Soho), que funcionarão com horário diferenciado. O Piso L2 abriga mais lojas e, no L3, ficam praça de alimentação, Game Station, Boulevard de Restaurantes e um teatro com capacidade para 900 pessoas, enquanto o de Recife recebe até 700. Finalmente, no Piso L4 há um mezanino e dez salas de cinemas. Fortaleza, a exemplo de Recife, terá um Game Station com entretenimento para crianças e também adultos e jovens, com cinema 7D, locais para eventos e boliche integrado a um sportsbar e com um mezanino para festas. A ideia é ter espaços para agradar a vários tipos de públicos. A área do negócio em Fortaleza é maior que a de Recife.

Vendas no Natal

De acordo com Marcelo, "em dezembro, o shopping deverá estar com cerca de 300 lojas já inauguradas". "Então, por ser uma novidade, acho que vai ser uma venda significativa para este Natal. Será um período muito importante porque abriremos próximo da principal data do varejo", observa. Estima que o ticket médio dos três shoppings nordestinos do Grupo JCPM deverá ser equiparado.

"A diferença é o mês; alguns são mais fortes. Um dado muito importante é o fluxo de pessoas, número de veículos e total de vendas" (dados que ele não revela). "Em São Paulo é outra realidade, mas no Nordeste é mais ou menos o mesmo", conclui.

Conteúdo complementar

Acesse:
http://svmar.es/1onVElM

Regina Carvalho*
Editora

A jornalista viajou a convite do Grupo JCPM