Retomada depende de 'pacto patronal'

Escrito por Redação ,

A despeito de expectativas otimistas de representantes do setor produtivo, o analista de mercado do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita, defende que ainda há uma nuvem muito nebulosa, que dificulta bastante a visualização da retomada economia e da geração de empregos no Brasil e no Ceará.

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"De maneira geral, o quadro ainda é muito adverso. Você tem uma instabilidade política que tem afetado a economia e o mercado de trabalho, e as pessoas estão com medo de consumir, receosas de perderem o emprego. Enquanto a gente não tiver um pacto de cooperação puxado pelas centrais patronais, dando garantia de que se vai diminuir essas demissões dos últimos meses, vai ser muito difícil nós termos a recuperação econômica", argumenta o analista.

Comércio e serviços

O analista salienta que o último trimestre tende a ser mais aquecido para a economia e que, por isso, devem ser gerados mais empregos nesse período. Mas isso, segundo ele, ainda não representa um retorno à contínua geração de postos. "Se houvesse uma iniciativa que provasse ao trabalhador uma maior estabilidade no emprego, provavelmente vivia pelo comércio e serviços. Esses seriam os setores que poderiam puxar essa retomada", defende ele.

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