Posco inicia obras da coqueria da siderúrgica

Com 54,41% das obras realizadas, a CSP entra em nova fase, com o início da construção do alto forno da Coqueria

Escrito por Redação ,
Legenda: Funcionários da CSP marcam o momento de mais uma etapa no empreendimento. Ontem, foi assentado o primeiro tijolo da coqueria
Foto: FOTO: DIVULGAÇÃO

Maior empreendimento estruturante privado estrangeiro do Ceará, com 54,41% das obras concluídas, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) entra em nova fase de execução do projeto. Ontem, a Posco Engenharia & Construção do Brasil, empresa responsável pela realização das obras, iniciou a construção da Bateria, a principal edificação da coqueria - unidade onde o carvão bruto é exposto a altas temperaturas, transformando-o em carvão de alto desempenho, que será utilizado no alto forno da usina.

"Esse é mais um marco importante no processo de construção da nossa siderúrgica. O meu desejo, neste dia, é que o projeto tenha vida longa", destacou Sérgio Leite, CEO da CSP, durante cerimônia de assentamento do primeiro tijolo da Coqueria, realizada às 11 horas de ontem, no campo de obras do empreendimento, em São Gonçalo do Amarante. Essa etapa representa 26% de progresso na construção do setor, segundo a direção da empresa coreana.

Primeiros tijolos

Devido ao tipo de tijolo utilizado, a construção da Bateria será feita dentro de um galpão, já construído, que evita o desgaste do material em consequência da exposição ao meio ambiente. Segundo o diretor da Posco E&C Brasil, Mr. Kyu Young Ahn, a nova fase é parte importante do cronograma do empreendimento e requer um trabalho delicado, devido à qualidade dos tijolos utilizados, resistentes a altas temperaturas do forno, que variam entre 1.150 °C e 1.200°C.

"Serão utilizados cinco milhões desses tijolos na construção da Bateria, com qualidade e tecnologia mundial", informou Kyu Young Ahn, sem revelar, no entanto, a origem do material.

Megaobra

Empreendimento de dimensão gigantesca, a CSP irá utilizar, aproximadamente, 30 mil estacas de sustentação da estrutura total da usina. Enfileiradas, explica Young Ahn, as estacas somam 465 quilômetros, a mesma distância de Fortaleza a Natal. No projeto como um todo, serão usadas 66 mil toneladas em estruturas de aço, o equivalente a 33 mil carros juntos - material que vem desde de maio de 2012, desembarcando no Porto do Pecém.

Só de cabos elétricos serão 2.900 quilômetros e 520 mil m³ de concerto, quantidade suficiente para construir uma estrada de 743 quilômetros, com sete metros de largura e dez centímetros de espessura.

Nos últimos dois anos, desde que iniciou as obras de construção, a CSP já movimentou no Porto do Pecém, 678.470 m³ de cargas soltas (equipamentos de grande porte) e 4.757 contêineres (maquinários, parafusos para fixação/ancoragem, entre outros. Somente ontem, aportou mais um navio, trazendo 299 contêineres com peças e equipamentos para o empreendimento, material suficiente para 30 dias de operação de descarga, no ritmo médio diário de 11 contêineres retirados pela empresa dos navios para os pátios de carga do terminal portuário.

Outros três navios ainda aguardam, em alto mar, píer livre para atracar. Até o próximo mês, anuncia a direção da CSP, "está previsto para chegar ao Porto do Pecém mais 113.025 m³ de cargas soltas e 761 contêineres".

Investimentos

Orçada em US$ 5,1 bilhão, a obra irá gerar, até 23 mil empregos diretos e indiretos. Atualmente, o efetivo alocado no Site de construção é de aproximadamente 4.500 operários e funcionários. Resultado da sociedade entre a brasileira Vale e as coreanas Dongkuk Steel e Posco, a CSP é a primeira usina siderúrgica integrada do Nordeste do Brasil. Quando concluída, a usina terá capacidade de produção de três milhões de toneladas de placas de aço, por ano. O inicio da produção está previsto para o fim de 2015.

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