Páscoa anima os supermercados
A Páscoa costuma ser um bom período para os supermercados, que veem as vendas serem impulsionadas por produtos típicos da época como peixes, vinhos e pães de coco. Para este ano, as redes supermercadistas chegam a projetar alta de até 15% nas vendas para a data que, segundo a Associação Cearense de Supermercados (Acesu). Essa é a segunda melhor época do ano para o segmento, atrás apenas do fim de ano.
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A atacadista Assaí projeta um incremento de 15% nas vendas de itens sazonais para a Páscoa ante igual período do ano anterior. As lojas da rede estão abastecidas com os principais produtos da época, com destaque para as coberturas e barras de chocolate maiores, utilizadas na confecção de ovos de Páscoa.
O Assaí também espera que as vendas de bacalhau cresçam 15%, enquanto o atum e a sardinha, por serem opções mais econômicas, devem apresentar alta de 20% nas comercializações.
Nesse mesmo sentido, as redes de supermercados Extra e Pão de Açúcar já se preparam para atender à demanda do consumidor por bacalhau. Neste ano, as redes importaram 25% a mais do que em 2016 e estão apostando em um crescimento de 10% nas vendas.
Segundo Nidovando Pinheiro, vice-presidente da Acesu, as lojas já estão abastecendo os estoques. "O bacalhau e alguns outros peixes congelados já chegaram. Com o início da quaresma, já se tem um consumo maior de peixe, que segue até a Semana Santa", explica.
Um dos produtos sazonais do Carrefour são os bolos de Páscoa de fabricação própria, que já estão sendo comercializados desde o início de março. Cerca de 500 mil unidades devem ser produzidas este ano.
A rede Hiper Bompreço está parcelando as compras de chocolates, ovos de Páscoa e vinhos em até seis vezes sem juros no cartão Hipercard. A expectativa é de crescimento de duplo dígito em relação a igual período do ano anterior.
Dificuldades
O vice-presidente da Acesu declara que, apesar das expectativas, o setor segue cauteloso. O primeiro motivo enumerado por ele são os preços. "Os pescados em si têm tido um aumento bem considerável", admite. O segundo motivo é a seca. "A própria tilápia, um dos peixes mais comuns, já teve sua quantidade retraída e está vindo de outros estados", reconhece.