Vendas de pão de coco devem ter alta de 10%

Volume comercializado do item na quinta-feira da Semana Santa chega a se igualar ao do pão francês nas padarias

Escrito por Redação ,
Legenda: As vendas de matéria-prima para a fabricação do item- tais como coco ralado, amido de milho, farinha - vem crescendo desde março
Foto: Foto: Kid Júnior

O pão de coco é um produto que caiu no gosto do consumidor cearense e já está nas prateleiras dos estabelecimentos o ano inteiro. Mas é durante a Páscoa que as padarias e supermercados têm a maior saída do item, com crescimento no volume de vendas da ordem de até 90% em relação a um período normal, segundo o diretor comercial da distribuidora Padeirão, Fabrício Bringel.

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Ele afirma que desde março as vendas de matéria prima para a fabricação de pão de coco - tais como coco ralado, amido de milho, farinha - vem crescendo. "Com certeza, será bem melhor que o ano passado. Estamos na expectativa de que consigamos alta de 10% em relação a igual período de 2016", revela.

Matéria-prima

Isso se deve à necessidade das panificadoras de estocar itens usados na fabricação do pão de coco, já que o pão em si não pode ser guardado. "Como é um produto perecível, de baixa durabilidade, os produtores não tem como estocar o produto final. Então o que se faz é: passado o Carnaval, começamos a guardar coco ralado congelado e outros itens utilizados na fabricação do pão de coco", explica Ângelo Nunes, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Ceará (Sindipan). Quanto às vendas em si, Ângelo Nunes diz que, logo depois do Carnaval, as pessoas já começam a consumir mais o pão de coco, mas que durante a Semana Santa é que se tem um pico na saída deste produto.

Já Fabrício garante que as padarias chegam a vender na quinta-feira Santa um volume de pão de coco igual ao de pão francês. O vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, diz, ainda, que, a partir da quarta-feira, as vendas devem dobrar de volume.

Nidovando Pinheiro estipula um crescimento variável entre 5% e 10% nas vendas do produto neste ano. "Esperamos recuperar um pouco da recessão que tivemos no ano passado", afirma. Já o Sindipan é mais cauteloso na expectativa. "Estimamos que as vendas se mantenham pelo menos iguais às dos anos anteriores, devido à situação econômica do País", diz Nunes.

Estabilidade

O preço do pão de coco tem se mantido estável desde o ano passado. A principal justificativa para isso é o situação financeira do consumidor. Fabrício reconhece que houve um reajuste na matéria prima do pão de acordo com a inflação, mas garante que não interferiu nas vendas.

"As pessoas valorizam muito o pão de coco, chegam até a dar de presente. Quando se tem uma valorização assim não se vê muita reclamação de preços", pontua o diretor comercial da distribuidora Padeirão.

Ângelo também admite um reajuste pouco significativo no mês de março, mas também percebe uma boa adesão ao produto. "O consumidor não tem visto negativamente os preços porque não houve quase aumento e ele está ciente do valor dos anos anteriores", finaliza.

Preço

Nas padarias, o quilo do pão de coco vai de R$15 a R$20, com destaque para a qualidade de cada panificadora, que é variável. Nidovando garante que o preço do item está equiparado com o do ano passado.

"O quilo do pão tem variado de R$9,90 a R$13,90 nos supermercados. E o fator decisivo para isso é a qualidade, a proporção de coco, por exemplo", esclarece. Ele reconhece ainda que alguns estabelecimentos utilizam essência de coco no lugar do próprio fruto.

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