Seguros de automóvel são os mais populares

Ramos de proteção familiar, seguro saúde e de incêndios estão entre os mais procurados pelos cearenses

Escrito por Redação ,

Com uma frota de mais de três milhões de automóveis no Estado e altos índices de colisões e de criminalidade, não é surpresa que o seguro veicular seja o mais popular do ramo no Estado e em todo o País. Ainda assim, de acordo com Raphael Cunha, delegado do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitalização do Norte e Nordeste (Sindseg N/NE), somente cerca de 30% dos automóveis são segurados no País.

Entre os 70% que trafegam sem seguro, Cunha aponta a existência de pessoas de alta renda que pensam não precisar do serviço, outras que utilizam dispositivos como localizadores GPS achando que eles podem substituir o seguro e aquelas que, por possuírem veículos mais velhos, concluem que os valores das apólices não compensam. "Por isso as empresas têm criado opções de seguros mais compactos para atender a demandas como essas", aponta.

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Mesmo assim, Cunha aponta o seguro de carro como a opção mais difundida entre a população, sendo o segmento em que "o cliente mais procura o corretor de seguros para adquiri-lo". Ele justifica esse cenário devido ao grande número de colisões e ao alto índice de roubos de carros na Capital, que podem colocar a perder um bem adquirido a muito esforço pelo contratante, sendo, na maioria das vezes, financiado para realizar o pagamento por vários anos.

De acordo com dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), o total arrecadado pelas seguradoras de automóveis no Estado atingiu quase R$ 473 milhões no acumulado de janeiro e agosto. Por outro lado, no mesmo período, R$ 310 milhões retornaram aos clientes em indenizações para a cobertura de acidentes, roubos e outros sinistros com os veículos.

Preços menores

Destacando a força do mercado cearense no Nordeste, Cunha aponta que as seguradoras têm se empenhado em elaborar produtos que sejam mais adequados aos perfis das classes de mais baixa renda. "As empresas desenvolveram produtos mais compactos na intenção de atender a demanda desse segmento da população, tanto para pessoas físicas como jurídicas", explica.

Além dos automóveis, o delegado do Sindseg N/NE destaca entre os principais produtos consumidos pelos cearenses os seguros de proteção familiar (seguros de vida e acidentes pessoais), seguros saúde e planos odontológicos, seguros contra incêndio (residenciais, condomínios e empresariais) e garantias de alugueis (que cobrem a inadimplência do locatário).

O seguro residencial, segundo o delegado, também tem sido mais requisitado pelos cearenses. "Vimos nos últimos anos vários casos de incêndio em apartamentos em Fortaleza. Numa situação dessas, a pessoa pode acabar perdendo tudo o que tem na casa, imagine! Além de cobrir isso, ainda há opções que oferecem assistência 24 horas a diversos serviços de reparos, como conserto de descargas, trocar chuveiro, instalar varal", ressalta Cunha.

Cuidados

Antes de se contratar um seguro, é preciso levar em conta não apenas os custos financeiros, mas também quais as garantias do contrato - é importante saber exatamente do que se quer proteger. Nessa hora, é recomendável recorrer a um corretor de seguros credenciado para auxiliar a escolha de um produto e checar se a seguradora recomendada pelo profissional está habilitada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

"O corretor é um profissional habilitado, com certificação, capacitado para analisar o perfil do contratante e selecionar o seguro ideal para o indivíduo", aponta Cunha. "Ele vai fazer perguntas ao contratante para que possa direcionar o melhor produto, com o melhor custo benefício para ele. Por exemplo, o contratante precisa que o seguro cubra um carro reserva quando seu automóvel estiver na oficina, ou não é necessário?Isso afeta o custo do seguro".

Por isso, os consumidores também devem avaliar por si próprios o custo-benefício do seguro, uma vez que a economia gerada pela exclusão de algumas coberturas pode não compensar os custos de ter que arcar com a situação em questão. No outro extremo, o contratante também não deve se encantar pelas possibilidades oferecidas e adquirir um seguro com mais do que precisa - a dica é manter o equilíbrio na hora da escolha.

Cultura

O Brasil ainda é um país jovem para seguros, na avaliação do delegado, considerando que a penetração ainda é baixa em relação a países mais desenvolvidos, havendo ainda um grande potencial de expansão do setor no País. "Tem país em que a criança já nasce com seguro de vida, previdência privada. Aqui esse mercado ainda está se difundindo e há muitas oportunidades para crescer, uma vez que muita gente ainda não tem essa conscientização", destaca.

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