Cresce interesse em proteger equipamentos

Escrito por Redação ,

Somente após o terceiro celular furtado, a fotógrafa Thamires Oliveira, 26, começou a pesquisar sobre seguros de dispositivos móveis, um mercado crescente. Cansada dos prejuízos, achou uma opção com um valor atraente e ainda convenceu o pai a fazer o mesmo. "Não aconteceu mais nada com meu aparelho desde então, mas meu pai foi assaltado e o processo de ressarcimento com a seguradora foi super tranquilo", explica.

Quando foi renovar as apólices, entretanto, Thamires se surpreendeu pelo fato de o valor do seguro ter mais que dobrado quando comprou um aparelho novo, de faixa de preço semelhante ao que tinha anteriormente'. "Pelo preço das apólices de celulares, não considero valer mais a pena, pelo menos no meu caso", aponta.

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Caso semelhante foi o servidor público Felipe Félix, 28, que teve um iPhone furtado durante o carnaval em Olinda. "Fiquei com raiva. Disse que nunca mais compraria um celular caro e bom. Mas aí comprei um bom e coloquei seguro", aponta.

Para ele, foi um bom negócio, já que precisou acionar a seguradora quando o aparelho sofreu uma queda. "Paguei a franquia e eles fizeram o reparo. Compensou financeiramente, porque quebrou o visor todo, e a tela era muito cara porque era um cristal especial. Ia custar uns R$ 900 reais para consertar e a franquia foi bem menos".

Na avaliação do servidor, inclusive, o valor cobrado pelo seguro foi justo considerando o valor do aparelho. "O meu último celular, comprado em 2014, custou mais de R$ 2500. Então compensa ter seguro", diz.

Custos

De acordo com Raphael Cunha, delegado do Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitalização do Norte e Nordeste (Sindseg N/NE) no Ceará, o custo do seguro, geralmente, é 20% do valor do aparelho. Ele aponta que há seguradoras especializadas no ramo de dispositivos móveis, como celulares e tablets. E que é necessário passar por algumas regras para evitar fraudes, como a comprovação por Boletim de Ocorrência (B.O)

Equipamentos

Thamires pode até ter deixado de lado o seguro para o celular, mas ela afirma que as apólices de todos os seus equipamentos de fotografia, como câmeras, tripés, lentes, e até um drone, entre outras ferramentas, são essenciais para assegurar a continuidade das atividades de sua empresa. A Íris Imagem.

"Como fotógrafos estão sempre trabalhando em ambientes externos, acho fundamental ter o seguro. Além de o equipamento ser caríssimo, dependemos das câmeras para trabalhar e não dá para ficar sem elas", aponta a fotógrafa, "No caso de um assalto, a gente não pode ficar esperando até conseguir comprar outra câmera, daí ter um seguro é essencial".

Ela destaca ainda que o valor do seguro dos seus equipamentos faz parte dos custos a serem levados em conta na hora de realizar os cálculos para apresentar um orçamento aos clientes interessados no serviço fotográfico.

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