Capacidade ampliada habilita a ser hub port

O porto recebeu dois superguindastes que triplicarão a capacidade de movimentação de contêineres por hora

Escrito por Redação ,
Legenda: Até o fim deste ano, deverão ser entregues mais três berços de atracação no Porto do Pecém, sendo dois já no mês de agosto
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

Como preparação para o aumento do fluxo de cargas e navios, a Cearáportos está investindo na ampliação da área de atracação do Porto do Pecém, para receber navios maiores, e na aquisição de equipamentos específicos para a movimentação de contêineres

Embora esses investimentos não sejam direcionados exclusivamente para os Pós-Panamax, eles são fundamentais para tornar o porto cearense apto para atuar como um hub port.

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Até o fim deste ano, deverão ser entregues mais três berços de atracação, sendo dois já em agosto. Além disso, o porto recebeu, recentemente, dois novos portêineres (superguindastes) com os quais o terminal deverá triplicar sua capacidade de movimentação de contêineres por hora, diz o diretor-presidente da Cearáportos, Danilo Serpa. Com isso, os navios passam menos tempo atracados, reduzindo os custos de operação, tornando o porto mais competitivo.

"Antes ou após passar pelo Canal do Panamá, esses navios parariam aqui e, com essa segunda expansão do Porto, o Tmut (terminal de múltiplo uso) terá uma área que servirá para receber esses contêineres", diz Serpa. Das embarcações que, hoje, utilizam o Canal do Panamá e passam pelo porto do Pecém, a maior parte tem na Ásia o seu porto de origem e na costa leste dos Estados Unidos o porto de destino.

Vantagens

Além do ganho em escala, pela maior capacidade de carga, os Pós-Panamax terão suas viagens entre os oceanos Atlântico e Pacífico reduzida entre cinco e 11 dias da viagem. "Então, com essa nova passagem, a gente pretende trazer esses navios para cá", diz Serpa sobre a ideia de transformar o Porto do Pecém no hub portuário do Nordeste. "A nossa posição geográfica e os investimentos que foram feitos nos favorecem", ele diz.

Paralelamente ao investimentos no Tmut, o Porto do Pecém deve concluir em meados de 2017 a segunda ponte de acesso ao terminal.

A obra, que atende demanda da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), deverá dobrar a capacidade do porto. Apenas a CSP, quando estiver operando em capacidade plena, deverá movimentar 8 milhões de toneladas por ano, dobrando o volume observado atualmente.

Desenvolvimento regional

Para o presidente do BNB, Marcos Holanda, a expansão do Canal do Panamá deve impulsionar o desenvolvimento da Região com o um todo. "O Canal pode dar um diferencial de competição enorme para o Nordeste, que tem muitos portos competitivos", destacou durante evento realizado com todos os governadores do Nordeste, nessa semana. "Então, o Nordeste tem que ver como aproveitar essa oportunidade e, com isso, aumentar sua renda e a capacidade de competir". Segundo Holanda, o BNB, como agente financiador, teria o papel de aprofundar estudos que possibilitem o aproveitamento das oportunidades geradas pelo empreendimento. (BC)

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