Grécia fecha bancos e limita saques a 60 euros diários

Após o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que não ampliaria seu fundo emergencial, governo grego adota medidas para proteger seu sistema financeiro

Escrito por Diário do Nordeste ,

Após o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de que não ampliaria seu fundo emergencial à Grécia, o governo grego decidiu fechar seus bancos até dia 6 de julho, dia seguinte ao referendo sobre as propostas dos credores, e limitou os saques nos caixas automáticos a 60 euros diários. A decisão foi divulgada neste domingo (28), durante discurso televisionado do primeiro-ministro Alexis Tsipras, e visa proteger o sistema financeiro grego devido à falta de liquidez naquele país. 

Nesta segunda-feira, primeiro dia do fechamento dos bancos, os caixas funcionarão no máximo por 12 horas. Longas filas formam-se diante de caixas eletrônicos e o risco da saída da Grécia da zona do euro e da União Europeia chega a 60%, segundo analistas. O quadro desfavorável é atribuído sobretudo ao fracasso nas negociações entre gregos e credores internacionais e à rejeição por parte do Eurogrupo da proposta de programa de resgate da Grécia. 

Sem um programa de resgate, torna-se incerto se a Grécia poderá continuar recebendo suporte emergencial. Os bancos gregos dependem da assistência do BCE, cujo teto do fundo emergencial é de 89 bilhões de euros. Acredita-se que todo esse dinheiro já tenha sido gasto. 

Turistas na Grécia não serão afetados

A restrição aos saques não se aplica aos turistas que se encontram na Grécia, os quais poderão realizar transações e retiradas de dinheiro nos caixas automáticos usando cartões internacionais. As transações para o exterior consideradas básicas, como a compra de remédios ou pagamento de serviços médicos, também estão autorizadas. 

Será possível, ainda, realizar pagamentos com cartão no interior do país, fazer transações internas pelo internet banking e realizar pagamentos de cartões pré-pagos com o limite que tinham antes do começo das restrições. Os depósitos, salários e pensõs dos gregos também não serão afetados, segundo o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras

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