Apenas 10% dos brasileiros vão gastar dinheiro do FGTS
Pesquisa mostra que a maioria prefere quitar dívidas ou poupar
Os varejistas brasileiros não devem garantir parte do dinheiro das contas inativas do FGTS de imediato. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) estima que apenas 9,6% dos que vão sacar os recursos pretendem usá-los para comprar ou gastar com lazer. Por outro lado, chega a 65% os que vão usar o dinheiro para pagar dívidas ou poupar.
Levando em conta os R$43,1 bilhões que serão sacados até julho, R$30,8 bilhões (71%) devem ser destinados a quitação de débitos ou poupança. Só R$3,7 bilhões, 8% do montante, serão usados para compras e lazer. Isso significa que o impacto esperado pelo governo com a liberação dos recurso será mais gradual. Primeiro os trabalhadores devem se livrar das dívidas e refazer suas reservas. Depois devem voltar a consumir, afirmam economistas.
Para Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem do Consumidor do Ibre/FGV, os dados estão em linha com o comportamento dos brasileiros na recessão. Antes da sondagem, a expectativa era de que as contas inativas tivessem efeito positivo de 0,4 ponto percentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB) ainda neste semestre. Agora, a previsão é que esse efeito seja diluído ao longo do ano. As informações são da revista Época.