Nove escritórios dos EUA têm ação contra Petrobras

São Paulo. O escritório de advocacia dos Estados Unidos Morgan & Morgan entrou com uma ação coletiva contra a Petrobras em nome de acionistas que compraram recibos de ações (ADR) entre maio de 2010 e 21 de novembro deste ano. Esse é o novo escritório norte-americano a abrir uma ação desse tipo contra a petroleira brasileira.

De acordo com a ação, a Petrobras e alguns dos seus diretores violaram leis do mercado de capitais dos Estados Unidos. Até o momento, além do Morgan & Morgan, também entraram com ações contra a petrobras os escritórios Wolf Pooper, Rosen Law Firm, Pomerantz Law Firm, Brower Piven, Khan Swick & Foti (KSF), Glancy Binkow & Goldberg, Bronstein Gewirtz & Grossman e Faruqi & Faruqi.

Bovespa

Ontem, as ações da estatal brasileira tombaram quase 10%, levando a Bovespa a romper o suporte de 48 mil pontos, sustentado na sexta-feira. O recuo também teve influência da queda do preço do petróleo no exterior e do adiamento da divulgação do balanço não auditado do terceiro trimestre da Petrobras.

Assim, o Ibovespa terminou o dia em baixa de 2,05%, aos 47.018,68 pontos, menor nível desde os 46.567,23 pontos de 19 de março deste ano.

O petróleo chegou a subir, mas não conseguiu se sustentar. O recuo acabou pesando sobre a Europa e Estados Unidos, onde os indicadores desta segunda-feira foram mistos. A aversão ao risco acabou pegando mais pesado com os emergentes, como Rússia e Brasil.

Aqui, os estrangeiros foram os principais vendedores e Petrobras foi escolha certeira. Com variação de 10% durante a sessão, os papéis entraram em leilão. No fechamento, a ação ON registrou retração de 9,94%, a R$ 8,52, e a PN caiu 9,20%, a R$ 9,18. Os papéis foram a segunda e terceira maiores quedas do índice, atrás de Rossi, que despencou 14,17%.

Ontem, o HSBC revisou suas projeções para a Petrobras e cortou a expectativa para o Ebitda da empresa em 3,6%, para R$ 65,298 bilhões, em 2014, e em 7,8%, para R$ 75,562 bilhões, em 2015. Para as ações ordinárias da estatal, eles projetam um preço-alvo de R$ 8,7.

Câmbio

O dólar fechou mais uma vez em alta ontem, dando continuidade ao movimento recente de valorização e renovando os maiores patamares desde o início de 2005. O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,6870, uma alta de 1,05%. Trata-se do maior nível de fechamento desde 28 de março de 2005.