Mercado aposta em estabilidade da Selic

Após atingir 14,25% ao ano, taxa básica de juros deve estacionar, como sinalizou o Comitê na última reunião, em julho

Escrito por Redação ,
Legenda: Expectativa de investidores aumenta com a proximidade da reunião do Copom, no Banco Central, entre os dois primeiros dias de setembro

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), reúne-se mais uma vez, nesta virada de setembro, para deliberar sobre o rumo da taxa básica de juros, a Selic. O encontro começa esta terça-feira, dia 1 de setembro, e termina no dia seguinte, quando será anunciada a decisão.

A expectativa atual do mercado financeiro é que o Copom ponha fim ao ciclo de alta vistos nas últimas reuniões e mantenha a Selic em 14,25% ao ano. Dois fatores podem levar o BC a tomar essa decisão: a economia mergulhou em recessão, sem sinais de retomada de atividade, e a inflação passou a uma trajetória de baixa.

Ademais, a ata da última reunião do Copom que elevou a Selic para 14,25% acenou com a promessa de manutenção do juro nesse nível por tempo suficientemente prolongado. "O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016", informou a instituição, em nota.

Na ocasião, em 29 de julho, a taxa chegou a sétima elevação seguida, atingindo o maior patamar desde julho de 2006, ou seja, em nove anos - quando estava em 14,75% ao ano. A Selic de 14,25% ao ano, como sinaliza a aposta do mercado financeiro, mantida em um cenário de inflação em queda, beneficia quem realiza aplicações em renda fixa, em opções como CDB (Certificado de Depósito Bancário) e fundos de investimento, como os de renda fixa e DI.

Crédito

Se não existe perspectiva de mudança no mercado de investimentos com a estabilização da Selic, o prognóstico de analistas é distinto para o mercado de crédito. A expectativa é que, mesmo com o término do ciclo de elevação da taxa, os juros cobrados nas diversas linhas de crédito subam mais um pouco. O motivo é o aumento do nível de inadimplência.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.