Medicamentos ficam até 7,7% mais caros no País

Uma das saídas para fugir dos altos preços é adquiri-los em uma das unidades do programa Farmácia Popular

Escrito por Redação ,

São Paulo/Fortaleza. Os medicamentos poderão ser reajustados em até 7,7%. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) fixou os percentuais máximos de ajuste autorizados em resolução publicada na edição de ontem (31) do Diário Oficial da União. Os medicamentos foram divididos em três faixas, com aumentos máximos de 5%, 6,35% e 7,7%.

A regulação atinge 9.120 medicamentos e varia de acordo com níveis de concorrência. O grupo um, de maior competitividade e que tende à manutenção de preços mais baixos, terá o maior ajuste, que pode chegar ao teto de 7,7%. Dentre estes medicamentos, que representam 24,45% do total, estão o omeprazol (tratamento de gastrite e úlcera) e a risperidona (antipsicótico).

Os remédios da categoria dois, referentes a mercados moderadamente concentrados (25,37% do total), sofrerão aumento máximo de até 6,35%. Entre eles, estão lidocaína amoxicilina (antibiótico para infecções urinárias e respiratórias) e imipenem (antibiótico).

A maior parte (50,18%) dos produtos teve o menor percentual de aumento máximo determinado, de até 5%. Fazem parte desse grupo medicamentos de alta tecnologia e de maior custo, como a ritalina (tratamento do déficit de atenção e hiperatividade) e a stelara (psoríase). Esse grupo é o que inclui os remédios considerados de menor concorrência no mercado.

Para a definição dos percentuais, foi levando em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 7,7%, entre março do ano passado e fevereiro deste ano.

São considerados também fatores como produtividade da indústria e variação de custos dos insumos, além da concorrência dentro do setor.

O Diário do Nordeste entrou em contato com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma-CE), Antônio Felix, e ele afirmou que ainda desconhecia a decisão publicada no Diário Oficial. Assim, ainda não seria possível precisar quando os aumentos seriam repassados ao consumidor.

Saída para o consumidor

Uma das saídas para fugir dos altos preços de remédios é adquiri-los em uma das unidades próprias do programa Farmácia Popular ou em estabelecimentos privados, credenciados na rede Aqui Tem Farmácia Popular.

Descontos

Ambas as iniciativas, do governo Federal, oferecem medicamentos gratuitos para o tratamento de asma, diabetes e hipertensão e diversos outros tipos de remédios com descontos que podem chegar a até 90%.

A reportagem havia constatado, por exemplo, que em fevereiro, o medicamento Captopril 25 mg, indicado para o tratamento de hipertensão, chegava a custar R$ 11,99 (caixa com 30 comprimidos) no varejo farmacêutico convencional de Fortaleza.

Incluído no nível 1, o remédio poderá sofrer reajuste de até 7,7%. Entretanto, o produto pode ser adquirido gratuitamente por meio do programa do governo federal.

No Ceará, existem aproximadamente 30 Farmácias Populares e 570 varejistas privados credenciados no programa Aqui tem Farmácia Popular, totalizando cerca de 600 estabelecimentos que vendem produtos gratuitos ou com descontos, subsidiados pelo governo federal.

Aumentos

Confira a relação completa dos medicamentos que terão reajuste

http://svmar.es/1BItVfF

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.