Mantega recebido com 'sardinhada'

Escrito por Redação ,
Legenda: Essa não é a primeira vez que Guido Mantega é recebido com 'sardinhada' pelos representantes da Força Sindical
Foto: FOTO: AGÊNCIA BRASIL

São Paulo. Manifestantes da Força Sindical receberam ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com uma "sardinhada", em frente à sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. O ministro se reuniu com empresários para anunciar medidas de apoio à indústria.

Os sindicalistas pedem o fim do fator previdenciário, a correção da tabela do Imposto de Renda, e jornada de trabalho de 40 horas semanais. Eles portavam faixas dizendo: "Mantega de aviso prévio". "Enquanto Mantega volta a se reunir com 'tubarões' e o governo anuncia um novo alívio fiscal ao setor industrial, os trabalhadores continuam sem nenhuma resposta às reivindicações trabalhistas".

"Só louco investe"

Participaram da reunião cerca de 20 empresários, entre eles o presidente do conselho da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, e atual presidente da Fiesp, que afirmara em evento da Federação que "só louco investe" no Brasil. Questionado ontem, se mantém a posição, mesmo sabendo que a indústria teria incentivos tributários, o empresário se limitou a dizer: "Eu também sou um desses loucos". A Força Sindical apoia abertamente a candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República

Fórum

Ao participar do 11° Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), o ministro da Fazenda, disse ontem, que o Brasil tem uma economia mais sólida do que em 2008, início da crise econômica internacional. Salientou que o país está preparado à retomada do crescimento.

Entre as condições conjunturais que favorecem esse crescimento, apontou o retorno do crédito com a recuperação do mercado de consumo, a existência de reservas financeiras elevadas, alto fluxo de investimento externo, baixa dívida externa e o câmbio relativamente estável. "Estamos prontos para o novo ciclo de expansão da economia", declarou. Mantega voltou a defender as políticas anticíclicas adotadas pelo governo para enfrentar a desaceleração da economia mundial, entre elas a desoneração à indústria, estímulo ao consumo e aumento das reservas financeiras.

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