Linha Leste tem somente um canteiro em obras

Os operários realizam apenas serviços de manutenção dos equipamentos, solda e desmonte de máquinas

Escrito por Redação ,
Legenda: No canteiro de obras da estação do Colégio Militar, localizado no bairro Aldeota, os trabalhos estão paralisados há pelo menos um mês, segundo informaram os moradores da região
Foto: FOTO: KID JUNIOR

Etapa fundamental para a melhoria da mobilidade urbana da Capital, a Linha Leste do metrô de Fortaleza pode demorar ainda mais a ser concluída, já que as obras estão em ritmo reduzido e ainda sem prazo oficial para serem retomadas em sua totalidade. Apenas um dos canteiros da linha, o que está localizado no Centro da Capital, próximo à Praça da Estação, está com as obras em andamento.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), os operários estão realizando "serviços mais especializados como soldas e desmonte de equipamentos que não estão mais sendo necessários na atual fase dos serviços, bem como manutenção das máquinas". Ainda de acordo com a assessoria, essa diminuição no ritmo das obras se deve ao momento de transição do Governo e à reformulação societária do consórcio Cetenco-Acciona, responsável pela obra.

Nesta semana, o secretário de Infraestrutura, André Macêdo Facó, deve se reunir com representantes do consórcio para definir a situação da obra. O encontro, contudo, ainda não possui data definida.

Maquinário

As tuneladoras, também conhecidas como "tatuzões", que foram adquiridas pelo governo do Estado para realizar a escavação e a construção dos túneis da Linha Leste, estão armazenadas em um local próximo ao canteiro de obras da estação Chico da Silva, também no Centro. Esses equipamentos só serão montados quando as entradas dos túneis estiverem concluídas.

"Todas as medidas para que o material esteja em perfeito estado de conservação estão sendo tomadas pelo governo do Estado, através da Secretaria da Infraestrutura", disse a Seinfra, por meio de nota.

A Linha Leste, que deve ligar o Centro ao bairro Edson Queiroz, terá investimento total de R$ 2,3 bilhões. Os recursos são provenientes do governo federal, por meio do programa "Mobilidade Grandes Cidades", do Orçamento Geral da União e de financiamento da Caixa Econômica Federal. A contra-partida do governo do Estado é de R$ 1,034 bilhão.

O percurso da linha terá 13 Km, sendo 12 Km subterrâneos e 1 Km em superfície, percorridos por trens elétricos. O trajeto começa no Centro e segue pela Av. Santos Dumont, terminal do Papicu, área do HGF, Cidade 2000 e avenida Washington Soares.

Ramal Parangaba-Mucuripe

Já as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no Ramal Parangaba-Mucuripe, estão paradas desde junho do ano passado, em virtude da rescisão do contrato com a empresa responsável pela obra, devido ao não cumprimento do prazo de conclusão. Segundo a Seinfra, a Pasta está realizando novos estudos e a readequação dos valores para que a obra seja retomada. Atualmente, o ramal está com 50% das obras concluídas. Quando finalizado, o VLT deverá percorrer 12,7 Km, passando por 22 bairros e beneficiando cerca de 100 mil pessoas por dia. O investimento que está sendo realizado é de R$ 246,9 milhões, de acordo com a Seinfra.

Outros atrasos

Outras obras estruturantes no Estado, como a ferrovia Nova Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco, estão com as obras em atraso, como publicado, ontem, no Diário do Nordeste. A Transnordestina deve ficar pronta apenas em 2018, segundo informou o diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Ciro Gomes.

Já o trecho da transposição que passa pelo Ceará, entre os municípios de Jati e Brejo Santo, deve ficar pronto apenas em 2016, segundo a previsão do Ministério da Integração.

Jéssica Colaço
Repórter

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