Gol quer conectar duas cidades da Argentina ao hub da Capital

A menos de dois meses para a inauguração do hub da Air France-KLM/Gol no Aeroporto Internacional Pinto Martins, no dia 3 de maio, a Gol estuda conectar duas cidades da Argentina ao banco de conexões para os voos internacionais do grupo a partir da Capital. De acordo com o vice-presidente de Vendas e Marketing da companhia, Eduardo Bernardes, as negociações para essa operação estão avançadas.

"Estamos com uma parte do time lá na Argentina tratando de uma negociação para que a gente possa ampliar a operação a Fortaleza. O nosso plano é conseguir fazer com que esses voos possam ser conectados no banco do hub aqui na Capital. Tenho confiança que vamos conseguir esses ajustes e, em breve, oficializar esse anúncio, mas depende de algumas autorizações técnicas e regulatórias da Argentina", pondera o vice-presidente.

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Segundo Bernardes, além de integrar as rotas ao hub, a estratégia também poderá promover o aumento do fluxo de passageiros entre os dois países. Hoje, a empresa opera um voo semanal para Buenos Aires (Ezeiza) a partir de Fortaleza e já solicitou ao Aeroporto autorização para operar dois voos semanais a Rosário, na Argentina, durante o mês de julho deste ano.

"Quando se está num estágio avançado de planejamento, a gente toma algumas iniciativas, consultas sobre disponibilidade. Faz-se uma consulta ao aeroporto ou à autoridade responsável, porque não adianta conseguir a autorização para operar os voos e depois não ter esse espaço aqui", aponta o vice-presidente, destacando que essas solicitações realizadas pela companhia não necessariamente se tornarão realidade.

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As vendas dos voos partindo da Capital para Amsterdã, pela KLM, e a Paris, pela Joon (da Air France), continuam de vento em popa. De acordo com Jean-Marc Pouchol, diretor-geral da Air France-KLM para a América do Sul, a taxa de ocupação desses voos continua acima das expectativas, com uma média acima das rotas a partir de São Paulo e Rio de Janeiro. "Só uma agência de turismo tem 25 clientes para o primeiro voo de 3 de maio. Isso mostra a dinâmica forte (da demanda)", aponta.

Segundo Jean-Marc Pouchol, o grupo espera ter operações diárias em Fortaleza, "Quando começamos a trabalhar o projeto, o que tínhamos em mente eram três voos, o que normalmente corresponde ao padrão habitual. Avaliando o potencial, juntos decidimos lançar cinco. Antes do primeiro voo, já adicionamos uma frequência a Paris em novembro. De memória, acho que foi a primeira vez que se aumentou sem começar as operações na história da Air France-KLM", ressalta o diretor.

Ele aponta ainda que é "muito mais fácil" estabelecer um hub em um aeroporto do porte do de Fortaleza do que em grandes terminais como Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), que também são hubs em parceria com a Gol. "Já temos experiência de organizar conexões em São Paulo e no Rio com a Gol. Já conseguimos estabelecer isso lá e vamos estabelecer isso aqui", reforça.

Conexões domésticas

As vendas dos voos da Gol que trarão passageiros de Brasília, Manaus, Belém, Natal, Recife e Salvador para conectar com os voos da Air France-KLM também estão positivas, segundo Eduardo Bernardes. "A gente começou essas operações em meados de janeiro e os resultados agora têm sido bem satisfatórios. O aumento da quantidade de frequências (pela Air France-KLM já mostra que a aceitação do publico foi positiva", pontua.

A companhia aumentou de 18 para 25 decolagens diárias, em média, de e para Fortaleza, conectando 11 destinos à Capital. Os voos domésticos que integram o banco de conexão chegarão a Fortaleza de duas horas a 50 minutos antes dos voos internacionais, com o objetivo de tornar o tempo de conexão o menor possível. Questionado se isso não deixaria os clientes aflitos em caso de atrasos, Bernardes aponta que a companhia é líder em pontualidade no mercado.

"Em aeroportos onde condições climáticas e de tráfego aéreo raramente causa fechamento por mau tempo, como no Norte e Nordeste, a pontualidade da Gol é mais alta que a média da empresa", destaca o vice-presidente. Já Jean-Marc Pouchol reforça que, mesmo que aconteçam atrasos, faz parte do DNA da companhia atender os clientes que se sentirem prejudicados com a situação.

Sala VIP

De acordo com diretor-geral da Air France-KLM, está entre os pré-requisitos da operação dos voos do grupo o oferecimento de uma Sala VIP aos clientes da companhia. Em Fortaleza, entretanto, ainda não está certo se essa sala será do próprio grupo, da Gol ou da Fraport, que administra o terminal cearense, ou um modelo de compartilhamento. "Esse é um dos pontos que estamos trabalhando com a Fraport", destaca Pouchol.

Questionado se a sala já estaria pronta para a inauguração do hub, o diretor disse que iriam "ver se há tempo".