Fundo Brasil-China favorece projeto de refinaria no CE

Escrito por Redação ,

A criação do Fundo Brasil-China no próximo dia 30 - tornando real o apoio aos projetos acertados entre os dois países há dois anos com US$ 20 bilhões em recursos disponíveis - deixa mais viável o projeto da refinaria no Ceará, segundo avaliou o assessor de Assuntos Internacionais do governo do Estado, Antonio Balhmann. Responsável por alinhar os interesses cearenses com investidores chineses do setor após o cancelamento pela Petrobras de instalar a refinaria Premium II no Pecém, ele destaca que a turbulência na política brasileira pode novamente interferir na captação do empreendimento para o Ceará.

"Esse é o passo mais importante no acordo Brasil-China no patamar federal desde o encontro da ex-presidente Dilma e o primeiro-ministro chinês em 2015", ressalta Balhmann, acrescentando que o contato com os chineses da Guangdong Zherong Energy é feito de 15 em 15 dias e que a empresa contratou "um executivo de alto padrão e uma empresa de análise de projetos especialmente para tocar a refinaria do Ceará".

No entanto, o assessor de Assuntos Internacionais relembra o impeachment de Dilma Rousseff, o qual interferiu na primeira negociação do Ceará com uma empresa chinesa para a implantação da refinaria no Estado, considerando a possibilidade de isso novamente ocorrer agora, com o risco de saída do presidente Michel Temer.

Agenda

"No próximo dia 30, estaremos em São Paulo e vamos observar o lançamento do Fundo, mostrando que o Brasil continua pondo energia nesse acordo com a China. Vamos saber como é. Eles estão vendo esse cenário. Inclusive, eu tenho informação de que eles, de alguma forma, estavam presumindo que este cenário poderia vir",diz.

Apresentação

Independente da queda de mais um presidente, Antonio Balhmann avalia que a parceria do governo cearense com a Zherong está avançado, robusto e deve ser apresentado à comissão chinesa responsável por acordos internacionais até o fim do ano.

Somente com a aprovação, o pedido de financiamento de US$ 4 bilhões ou US$ 5 bilhões deve ser levado ao Fundo Brasil-China. "Os chineses são cautelosos, lentos na decisão, mas quando decidem são rápidos", afirma Antonio Balhmann.

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