Fortaleza registra deflação na prévia de agosto

No País, a inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,14% em agosto, após subir 0,17% em julho

Escrito por Redação ,
Legenda: O tomate também apresentou deflação na primeira metade de agosto de -30,41%, contribuindo para a taxa final do IPCA-15
Foto: Foto: WALESKA SANTIAGO

Fortaleza/Rio. Após apresentar estabilidade em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) - uma prévia da inflação oficial - registrou deflação de 0,02%, em Fortaleza, ante o mês imediatamente anterior, de acordo com dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, o IPCA-15 da Capital tem avanço de 3,86%, abaixo da média nacional (4,32%) e o terceiro mais baixo do Brasil, atrás de Brasília (3,11%) e Belém (3,66%). Em 12 meses, o índice de Fortaleza acumulou alta de 6,44%, mas manteve-se abaixo do crescimento médio do País (6,49%).

Alimentação

Um dos grupos mais significativos para o resultado do IPCA-15, o segmento de alimentos e bebidas apresentou queda de -0,41%, amparado, principalmente, pela redução no preço de tubérculos, raízes e legumes, de -17,78%. O tomate, que vem alternando entre altas acentuadas e leves nos sete primeiros meses do ano, teve deflação na primeira metade de agosto: 30,41%. No mesmo grupo, os itens batata-inglesa (-17,92%) e cenoura (-6,87%) também foram preponderantes para a taxa final.

O consumidor da Capital cearense também aproveitou as quedas em outros alimentos básicos à mesa. A tradicional dupla formada por arroz e feijão carioca teve redução nos preços de -1,06% e -0,73%, respectivamente. Por outro lado, o grupo alimentício não teve apenas deflações. As carnes subiram 0,84%, arrastadas pela alta de 4,33% no valor da carne de porco e 1,45% na de carneiro.

Oscilações

Nos grupos restantes, artigos de limpeza caíram -,1,28%, combustíveis e energia apresentaram queda de -,0,41%, enquanto habitação ficou com 1,16% de alta. A energia elétrica residencial também contribuiu para a para a deflação fortalezense, caindo -0,66% no período.

Leve alta no País

No País, a inflação medida pelo IPCA-15 registrou alta de 0,14% em agosto, após subir 0,17% em julho. Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 4,32% no ano e de 6,49% em 12 meses. Quatro dos nove grupos investigados registraram deflação em agosto. As famílias gastaram menos com alimentação e bebidas (de -0,03% em julho para -0,32%), vestuário (de 0% para -0,18%), comunicação (-0,10% para -0,84%) e despesas pessoais (de 1,74% para -0,67%).

Na direção oposta, houve aumento de preços nos grupos habitação (de 0,48% para 1,44%), artigos de residência (de 0,66% para 0,41%), transportes (de -0,85% para 0,20%), saúde e cuidados pessoais (de 0,52% para 0,55%) e educação (de -0,07% para 0,42%). Passada a Copa do Mundo, as diárias de hotéis voltaram a ficar mais baratas. De acordo com o IBGE, o índice baixou para 23,54% em agosto.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.