Exportações crescem, mas balança segue negativa

Apesar de apresentar na sua balança comercial um déficit de US$ 313,6 milhões no acumulado de janeiro a março deste ano, o Ceará registrou crescimento de 16% nas suas exportações nos três primeiros meses deste ano, em relação a igual período de 2013. Por outro lado, as importações caíram 21%, na mesma base de comparação.

Com isso, a participação cearense nas exportações brasileiras voltou a crescer, atingindo 0,53%, ante 0,41% anotado no acumulado de janeiro a março do ano passado. Em movimento inverso, a participação do Estados nas importações do Brasil caíram de 1,46% para 0,87%. As informações são do estudo Ceará em Comex, feito pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Conforme o levantamento, de janeiro a março deste ano, o Ceará exportou US$ 319,9 milhões. Os principais responsáveis pelo crescimento das exportações no período foram os setores de "Peles", que registrou um aumento de 25,7% nas vendas para o exterior, "Sal, enxofre, cal e cimento" (13,2%) e "Gorduras e óleos" (12,7%). No entanto, setores tradicionalmente exportadores do Estado registraram quedas nas vendas para outros países, tais como "Frutas" (-8,6%) e "Calçados" (-1,7%).

Considerando os produtos, o "Fuel-oil" foi o produto mais exportado pelo Ceará no período, totalizando US$ 73,9 milhões. Em seguida, aparecem "Calçados de borracha/plast.C/parte super.Em tira" (US$ 35,1 milhões), "Couros/peles, bovinos, prepars.Divid.C/a flor" (US$ 29,2 milhões) e "Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca" (US$ 25,5 milhões).

No acumulado do ano, os principais destinos dos produtos cearenses foram: Holanda, que comprou US$ 92,6 milhões, um incremento de 320,1% em relação a igual período de 2013, Estados Unidos (US$ 45,7 milhões) e Itália (US$ 16,4 milhões). O principal corredor de saída dos produtos locais foi o Porto do Pecém.

Importações

Em relação às importações, o Ceará somou US$ 633,5 milhões entre janeiro e março deste ano. Os setores que mais contribuíram para este resultado foram: "Reatores nucleares, cald., máquinas" (US$ 113,1 milhões), "Ferro fundido, ferro e aço" (US$ 58,3 milhões), "Combustíveis minerais, óleos" (US$ 55,6 milhões) e "Máquinas, aparelhos e mat. Elétricos" (US$42,8 milhões). As importações vieram, sobretudo, da China (US$143,7 milhões), Estados Unidos (US$ 85,5 milhões) e Colômbia (US$ 51,6 milhões).