Equipamento será novo vetor de crescimento

Do ponto de vista de estrutura, serviço e de centralização para Norte e Nordeste, o Ceará leva vantagem

Escrito por Redação ,
Legenda: Para o presidente da Fiec, Beto Studart, o hub pode "triplicar o nosso movimento aeroportuário. Nós temos 6,5 milhões de passageiros e nós podemos ir para 18 milhões com tranquilidade"
Foto: FOTO: BRUNO GOMES

Com o fim do sonho da refinaria, a indústria cearense aposta que o hub da TAM Linhas Aéreas será o novo vetor de crescimento da economia do Estado e torce pela concretização do projeto.

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Para o economista Francisco José Lima Matos, representante da Fiec no Conselho Temático Permanente de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico (Copin) da CNI, o hub ajudará, finalmente, a transformar o Ceará em uma central de negócios. "Esse é um sonho antigo. Já discutimos há 10, 15 anos de o Ceará ser uma central de negócios pela sua localização geográfica. Sem dúvida, o hub é um dos itens que poderão alavancar isso", afirma.

Na opinião de Lima Matos, o Ceará leva grandes vantagens sobre os outros estados que pleiteiam abrigar o hub. "Do ponto de vista de estrutura, serviço, de centralização de muitos serviços do Norte e Nordeste, o Ceará leva vantagem. E se conseguirmos (trazer o hub), nós já temos os cabos de fibra ótica do mundo todo para o Ceará. Então juntando tudo isso o hub poderá, sem dúvida, ser muito importante para a economia cearense", diz.

O economista afirma que o hub será uma nova âncora na área de serviços, que ampliará os horizontes do Estado. "No turismo, por exemplo, passaremos a ser conhecidos. Sem dúvida temos um novo vetor de crescimento do Ceará. Já que a refinaria não veio, ficaremos com a siderúrgica e esse grande vetor".

Confira imagens da solenidade:

De acordo com Beto Studart, presidente da Fiec, a indústria será automaticamente impactada pelo projeto. "A indústria vive no centro de toda a organização social. Tudo o que houver de incremento nos negócios passa automaticamente pela indústria, seja no turismo, seja no processamento. Tudo passa pelo nosso setor. Eu acredito que esse hub pode triplicar o nosso movimento aeroportuário. Nós temos 6,5 milhões de passageiros e podemos elevar esse valor para 18 milhões com tranquilidade", projeta o líder classista, segundo quem o aumento do consumo implicará no aquecimento do setor industrial.

Mudança intelectual

A vinda de grandes empreendimentos ao Estado, segundo o titular da Fiec, tornará a vida do cearense mais próspera. "Eu acho que quando se tem uma instituição como a Companhia Siderúrgica do Pecém e o hub da TAM, automaticamente terá um grande número de pessoas sendo formadas e orientadas. Então a grande mudança, além da econômica, é a intelectual", explica.

Para o empresário Roberto Macêdo, "o hub é o coroamento de um projeto de grande envergadura, que vai trazer para o nosso Estado e para a nossa cidade um ponto de apoio para o mundo", exclama.

Antecessor de Beto Studart na presidência da Federação, Macêdo recorda os esforços do governo para atrair o centro de manutenção da TAM ao interior do Estado. "Nós montamos inclusive uma escola para preparar mecânicos e toda a mão de obra necessária para oficina base que seria montada em Aracati".

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