E-commerce deve movimentar R$ 434 milhões em Fortaleza

O valor coloca a Capital na décima posição do ranking nacional, tendo ainda o terceiro maior ticket médio do País

Escrito por Redação ,

Comodidade, praticidade e economia são as principais vantagens citadas por quem costuma fazer compras online. No Brasil, embora ainda esteja em processo de amadurecimento e popularização, o e-commerce vem crescendo a passos largos. Nesse contexto, Fortaleza ganha destaque. O comércio eletrônico na capital cearense deverá movimentar R$ 434,14 milhões em 2014, a décima maior receita entre as cidades do País.

De acordo com o estudo “Mapa do E-commerce no Brasil”, realizado pela Conversion, maior empresa brasileira especializada em Search Engine Optimization (SEO), o valor representa 83,48% dos gastos previstos para o Ceará neste ano. Os fortalezenses devem fechar o ano com 1,20 milhão de pedidos online, 83,46% das solicitações estimadas para o Estado.

Além da receita total, outro fator que coloca Fortaleza em evidência é o ticket médio de R$ 370,18, o terceiro maior do Brasil, atrás apenas de Belém (R$ 378,56) e Goiânia (R$ 384,09). “É um valor bem acima da média nacional (R$ 292,47), quase R$ 80. Isso mostra que, na comparação com outras cidades, os consumidores de Fortaleza estão comprando mais produtos com valor agregado”, destaca o CEO da Conversion, Diego Ivo.

Por outro lado, a Capital está abaixo da média nacional no que se refere à taxa de conversão, ou seja, os acessos ao comércio eletrônico que se transformam em compra. Enquanto esse índice é de 1,04% no Brasil, em Fortaleza, registra 0,80%.

Conforme Diego, isso pode ser explicado pela desconfiança que ainda existe, entre os consumidores, em relação às compras online. O tempo médio de visita dos compradores fortalezenses é de três minutos, seguindo a tendência nacional. “O brasileiro ainda está se familiarizando com o e-commerce, mas isso está mudando gradativamente. Acredito que, em cinco anos, as taxas de conversão estarão em patamares bem superiores. Isso acontecerá à medida que os consumidores percebam vantagens como preços baixos e variedade de produtos, além do sucesso na compra”, afirma.

Brasil

No Brasil, as empresas que atuam no e-commerce deverão faturar R$ 39 bilhões em 2014, atingindo o patamar de 130 milhões de pedidos até dezembro deste ano. 

A cidade de São Paulo é a primeira da lista em receita, com previsão de compras de R$ 5,62 bilhões no comércio eletrônico, mais de 32% de toda a transação estadual. Os paulistanos devem fechar o ano com mais de 24 milhões de pedidos online. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com R$ 3,89 bilhões de negócios até o fim do ano. Depois, vem Belo Horizonte, com 2,33 bilhões. A empresa levou em consideração mais de 100 milhões de visitas em lojas virtuais nacionais e montou um ranking com as 100 cidades que mais movimentam o comércio eletrônico no Brasil.

Brasil x EUA

Outro levantamento recente realizado pelo Comitê de Plataformas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) revela que o tíquete médio do setor em 2013 foi de R$ 248,57 – muito próximo ao do norte-americano, que está em cerca de US$ 100. Esse valor, que representa o número de vendas online dividido pela quantidade de pedidos entregues, foi fornecido por dez empresas de plataformas do grupo: Dotstore, e-smart, FBITS, Infracommerce, Loja Integrada, MercadoShops, Nuvem Shop, Primordia, Tray e VTEX. Juntas, essas empresas representam 70% do segmento.

“Ao estabelecer o tíquete médio do setor, definimos indicadores que podem auxiliar os varejistas a planejar melhor o seu próprio negócio e tomar decisões que levem ao crescimento da loja virtual”, explica o coordenador do Comitê de Plataformas, Alexandre Soncini. Em 2013, o tíquete médio monitorado pela E-bit foi de R$ 327, incluindo os varejistas que possuem plataforma própria. (RS)

ENQUETE

Atenção às melhores opções é fundamental

“Há duas semanas, comprei um celular pela internet que ainda não estava disponível nas lojas dos shoppings de Fortaleza. Mas, quando se trata de roupas, calçados e acessórios, prefiro o ambiente físico”

Karyne Ribeiro
Estudante

“Já comprei celular, jogos para videogame e outros eletroeletrônicos. Há três meses, adquiri um tablet. Mesmo assim, antes de comprar pela internet, pesquiso os preços no comércio tradicional”

Jorge Balbino Fernandes
Estudante

Consumidor ‘passeia’ pelas lojas para fazer bom negócio

Desde que teve sua primeira experiência com o comércio eletrônico, ainda em 2005, o técnico em informática Humberto Fraga não parou mais de fazer compras online. Ao longo desses quase dez anos, adquiriu diversos produtos, das mais variadas categorias. No entanto, são os eletroeletrônicos que ganham maior atenção. Tablets, notebooks, celulares, pen drives, cartões de memória e televisores estão entre os itens que compõem a lista do consumidor.

“Prefiro o e-commerce pela facilidade de comprar e de receber o produto em casa, isso sem falar na grande variedade de mercadorias em relação às lojas físicas. Geralmente, os preços são mais em conta, mas nem sempre é assim”, observa Humberto. 

Por isso, antes de efetuar uma compra online – com destaque para os produtos com maior valor agregado – o técnico em informática segue uma regra: sempre visita lojas físicas para comparar os preços dos itens. “Também gosto de ver e de pegar na mercadoria que desejo ter em casa. Isso é fundamental para mim. Mais importante ainda é fazer uma comparação dos preços entre as lojas físicas e virtuais para garantir uma boa economia”, declara. Segundo informa, o último produto que adquiriu pela internet foi um televisor. “Mesmo sabendo que a compra online seria mais vantajosa, incluindo o pagamento do frete, fui conferir o modelo de perto, numa loja física”, complementa.

Entre os sites preferidos de Humberto estão Pontofrio, Saraiva, Americanas e Submarino. Para o técnico em informática, uma forma de evitar possíveis transtornos é optar por empresas já consolidadas no mercado. “Compro sempre em lojas maiores. Tenho percebido que, de uns anos para cá, as pessoas ficaram mais confiantes em relação às compras virtuais. Vejo isso no meu ciclo de amizades”. (RS)

1
 
k
 
Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.