Dólar sobe 0,36% e vai a R$ 3,3610

Escrito por Redação ,
Legenda: Em quatro dias, a divisa acumula valorização de 6,09% ante o real. Na mínima, caiu 0,09%, aos R$ 3,3460, e, na máxima, superou R$ 3,38
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São Paulo. Na sequência do movimento da semana passada, o dólar continuou subindo ante o real nesta segunda-feira (27), pela quarta sessão seguida, período em que o avanço acumulado chega a 6,09%. Ontem, no entanto, o principal fator a estimular as compras da moeda americana veio do exterior, mais especificamente das preocupações com a China, que pegaram um mercado já fragilizado pelas tensões domésticas.

Os elevados patamares de cotação atingidos desde a semana passada chegaram a provocar uma realização de lucros pela manhã, levando a moeda a operar em leve baixa, mas o movimento não se sustentou e o dólar voltou a subir. O giro financeiro foi fraco no segmento à vista e contido no futuro. O dólar à vista subiu 0,36%, para R$ 3,3610 - maior preço desde 28 de março de 2003 (R$ 3,3630).

Em quatro dias, a divisa acumula valorização de 6,09% ante o real. Na mínima, caiu 0,09%, aos R$ 3,3460, e, na máxima, superou R$ 3,38, aos R$ 3,3810 (+0,96%). Às 16h42, o volume era de US$ 632 milhões.

Bolsa

O noticiário doméstico trouxe poucas novidades ontem, abrindo espaço para as ações replicarem o comportamento das bolsas internacionais e caírem. A China foi o mote dos mercados para a onda de desvalorização que varreu os índices acionários pelo globo, levando a bolsa paulista para sua sétima sessão consecutiva de perdas. O Ibovespa terminou a sessão em baixa de 1,04%, aos 48.735,54 pontos, menor nível desde 13 de março de 2015 (48.595,81 pontos). No mês, cai 8,18% e, no ano, 2,54%. Nestes sete pregões no vermelho, acumulou -8,16%.

A China causou uma onda de aversão ao risco pelo mundo, depois de a Bolsa de Xangai ter desabado quase 8,5% - a maior queda desde 2007. Tal recuo foi influenciado por temores de que o governo do país esteja retirando recentes medidas de apoio aos mercados locais.

O desempenho do mercado chinês afetou as bolsas europeias, que também terminaram com forte queda, da mesma forma que as norte-americanas.

Aqui, as ações da Vale, que operaram em alta a maior parte do dia, acompanhando a valorização do minério de ferro, acabaram caindo. A ON perdeu 0,18% e a PNA, 0,21%. Siderúrgicas já trabalharam com forte queda a sessão toda. Já a Petrobras, afetada pelo recuo do preço do petróleo e pela operação Lava Jato, terminou em queda de 6,04% na ON e de 5,28% na PN.

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