Dólar interrompe altas e fecha em queda de 1,19%

Após cinco sessões seguidas de ganhos, a moeda norte-americana terminou o dia de ontem cotada a R$ 3,33

Escrito por Redação ,
Legenda: A Bovespa terminou esta quarta-feira em alta de 1,30%, aos 50.245,14 pontos
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São Paulo. O dólar interrompeu ontem uma sequência de cinco altas, período no qual acumulou forte elevação (+6,38%) e saiu de R$ 3,16 para R$ 3,37. O movimento desta quarta-feira foi interpretado como uma acomodação. O dólar comercial terminou a sessão em baixa de 1,19%, a R$ 3,33 Na mínima, marcou R$ 3,3150 e, na máxima, R$ 3,3710. No mês, sobe 7,11% e, no ano, 25,42%. No mercado futuro, a moeda para agosto operava em baixa de 0,86%, a R$ 3,332.

Os dados do fluxo cambial, conhecidos na hora do almoço, não fizeram preços sobre os ativos. Segundo o Banco Central, o fluxo na semana de 20 a 24 de julho ficou positivo em US$ 26 milhões, mas o acumulado do mês até o dia 24 está negativo em US$ 2,337 bilhões.

Bolsa

A Bolsa deu continuidade ao movimento de recuperação da véspera e subiu mais um pouco ontem, recuperando o patamar de 50 mil pontos do qual saiu no último dia 22. A alta foi influenciada pelas ações de estatais, como Petrobras, que disparou 7%, e Banco do Brasil, e acompanhou ainda a valorização das bolsas no exterior.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 1,30%, aos 50.245,14 pontos. Na mínima, marcou 49.422 pontos (-0,36%) e, na máxima, marcou 50.333 pontos (+1,47%). No mês, acumula perda de 5,34% e, no ano, voltou a somar valorização, de 0,48%. O giro financeiro totalizou R$ 6,777 bilhões.

A trégua no noticiário favoreceu a recuperação da bolsa doméstica ontem, um dia depois de a S&P ter rebaixado o outlook do rating brasileiro para negativo e o mercado ficar de sobreaviso para movimentos similares de outras agências, sobretudo da Moody's, que está na iminência de mudar a nota brasileira.

Ontem, o destaque foi o encontro de política monetária do Federal Reserve, que manteve inalterada a taxa de juro entre zero e 0,25% e não deu indícios em seu comunicado de que o início do aperto monetário acontecerá em setembro.

Segundo o BC dos EUA, houve progressos em empregos, mas não em inflação, justamente um dos pontos observados pela instituição para começar a elevar os juros no país.

Para Alan Gayle, diretor de alocação de ativos da Ridgeworth Investments, o placar unânime do Comitê poderia sugerir que o Fed não está completamente pronto para iniciar o aumento. "É razoável acreditar que os membros do FOMC que querem um aumento devam votar a favor, provavelmente, em alguma reunião antes do Fed iniciar o aumento", disse Gayle.

A reação da Bovespa foi morna ao comunicado, diminuindo um pouco as altas, acompanhando a reação imediata de Wall Street. Mas logo voltou a acelerar. Petrobras ON teve valorização de 7,47% e PN, de 7,52%. BB ON subiu 4,43%. Vale ON, +1,44%, Vale PNA, +1,68%. Bradesco PN, + 1,10%, Itaú Unibanco PN, +0,99%, e Santander unit, -0,80%.

Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 0,69%, o S&P 500 fechou com ganho de 0,73%, e o Nasdaq subiu 0,44%.

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