Crediamigo deve injetar R$ 8,5 bi

Escrito por Redação ,
Legenda: Cerca de 500 mil novos microempreendedores devem ingressar no programa ainda este ano, com empréstimos de valor médio de R$ 1.951

O programa de microcrédito do Banco do Nordeste (BNB) Crediamigo deve injetar na economia da região R$ 8,5 bilhões em crédito a milhares de empreendedores pertencentes aos setores informal ou formal da economia. Os dados foram apresentados ontem (31) pelo superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar da instituição, Stélio Lyra, durante palestra no Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento.

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Segundo o superintendente, 500 mil novos microempreendedores devem ingressar no programa ainda este ano, com empréstimos de valor médio de R$ 1.951. Ele informou ainda que, atualmente, a carteira ativa do programa conta com R$ 2,8 bilhões e 1,9 milhão de clientes. As operações têm prazo médio de seis meses e são desembolsadas 12 vezes por ano.

Ele apontou ainda que o programa Agroamigo, voltado a produtores rurais, deve desembolsar R$ 1,8 bilhão neste ano. "Temos uma carteira ativa de R$ 3 bilhões, com desembolso médio de R$ 151 milhões. Isso faz uma diferença muito grande no campo, principalmente em uma região que está entrando em um quinto ano de seca", apontou o superintendente.

Lyra destacou que os empréstimos realizados têm valor médio de R$ 4 mil, para mais de um milhão de clientes.

Fortalecimento

O superintendente apontou que o crédito fortalece a atividade econômica ao permitir que os microempreendedores cresçam e melhorem a renda. "A inclusão financeira fortalece a inclusão social, porque geralmente o beneficiário está fora da economia formal. São agentes produtivos que geram uma riqueza que não é percebida, não são considerados agentes produtivos nas estatísticas econômicas e não são vistos como clientes potenciais do sistema financeiro", pontuou.

Conforme o superintendente destacou, os programas de microfinanças do Banco do Nordeste contribuem de forma efetiva para o fortalecimento das atividades produtivas de quase 3 milhões de famílias. "Entre os avanços que alcançamos com essa política está a diversificação da produção, uma vez que antes os produtores se focavam na produção de apenas um produto".

Yohanna Pinheiro
Repórter

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