CE: portos movimentam 5,2 milhões de toneladas

Movimentação do Porto do Pecém duplicou ante igual período de 2016. Já a do Porto de Fortaleza cresceu 10,4%

Escrito por Redação ,
Legenda: Somente no terminal portuário do Pecém, a movimentação de cargas somou 4,1 milhões de toneladas nos três primeiros meses deste ano
Foto: Foto: José Leomar

Os primeiros três meses de 2017 registraram um resultado positivo para os portos cearenses, que, juntos, movimentaram 5,2 milhões de toneladas (t). Nesse intervalo, a movimentação de mercadorias pelo Porto do Pecém dobrou em relação ao primeiro trimestre de 2016, passando de 2 milhões a 4,1 milhões de t. Já o Porto de Fortaleza apresentou crescimento de 10,4% no volume total de produtos movimentados no terminal, passando de 1 milhão para 1,1 milhão de t.

No Porto do Pecém, das 4,1 milhões de t, 1 milhão foram exportadas (quase quatro vezes o volume exportado nos três primeiros meses do ano anterior) e 3,1 milhões importadas (um aumento de 72% no mesmo período). A expectativa, segundo o diretor-presidente da Cearáportos, Danilo Serpa, é que o porto encerre o ano tendo movimentado 14 milhões d e t, o que representaria um crescimento de 27% em relação ao ano passado.

O diretor destaca ainda que, para que o resultado seja alcançado, é esperado o êxito da operação da CSP e a safra de frutas frescas, que começa em agosto e já conta com uma nova linha para Antuérpia. Conforme dados da Cearáportos, 61% das movimentações (2,5 milhões de t) foram granéis sólidos; 21% de carga geral solta (883 mil t); 14% de carga conteinerizada (570 mil t); e 4% de granel líquido (160 mil t).

Em relação ao tipo de navegação, a de longo curso (com portos de outros países), cresceu 70%, tendo como principais produtos movimentados o carvão mineral (1,4 milhão de t), gás natural (122 mil t), pedras calcárias (55 mil t) e produtos siderúrgicos (41 mil t). Nas exportações, foram destaque as movimentações de placas de aço (763 mil t), frutas (34 mil t), plásticos e suas obras (21 mil t), água de coco (9 mil t), calçados (4 mil t), granito (3 mil t).

Segundo Serpa, a intenção é transformar, aos poucos, o cenário que hoje se configura no Porto do Pecém, que ainda é predominantemente importador. "Estamos realizando um trabalho forte de prospecção de novos negócios, buscando mais investimentos para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)", disse. Ele aponta ainda as vantagens da infraestrutura da Zona de Processamento de Exportação (ZPE/Ceará) para sediar empresas.

A cabotagem (movimentação entre portos brasileiros), que em 2016 sofreu uma baixa, voltou a crescer neste ano. O incremento de 191% foi resultado, principalmente, do desembarque de minério de ferro (1 milhão de t), produtos siderúrgicos (101 mil t), arroz (50 mil t), plásticos e suas obras (35 mil t), embarques de sal (30 mil t), farinha de trigo (29 mil t) e cimentos (11 mil t).

Porto de Fortaleza

Do total de 1,1 milhão de t movimentadas no Porto de Fortaleza no primeiro trimestre, 41,7% é referente à categoria granel sólido (487 mil t), que cresceu 33,54% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Outros 41,3% são de granéis líquidos (483 mil t), único a registrar queda, de 12,99%. Já a carga solta e contenerizada representa 16,88% do total movimentado no período, sendo 43,85% maior que no primeiro trimestre de 2016.

Segundo dados da Companhia Docas do Ceará, entre os granéis sólidos, os principais produtos exportados foram sal (12,2 mil t), cimento (8,2 mil t), vergalhão (5,8 mil t), frutas (3,7 mil t) e cera de carnaúba (1,8 mil t). Já entre os importados, o destaque foi para arroz (57,5 mil t), palets de aço (3,5 mil t), ladrilhos (3 mil t) e frango congelado (1,4 mil t).

Entre os granéis sólidos, a exportação pelo terminal foi principalmente de escoria (16 mil t). Na importação, se destacaram trigo (310 mil t), milho (97 mil t), coque de petróleo (38 mil t) e fertilizante (25 mil t).

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