Bancos marcam nova negociação

Fortaleza/São Paulo. Enquanto em 2015, no 21º dia de greve, os bancários estavam reunidos para avaliar a proposta da Fenaban (braço sindical da Febraban, associação que representa os bancos) e encerrar o movimento com aumento real, neste ano, a paralisação ainda não tem data para acabar. No Ceará, até ontem (26), 430 agências das 562 existentes no Estado permaneceram fechadas, o que representa 76,5% de adesão à greve. Em Fortaleza, das 259 unidades existentes, 208 fecharam. Já no Interior, das 303 agências, 222 ficaram sem funcionar.

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta segunda para avaliar o movimento e traçar novas estratégias. Além disso, foi enviado à Fenaban um ofício cobrando a reabertura das negociações. A Fenaban marcou para hoje (27) uma nova rodada de negociação salarial com os bancários, em uma tentativa de por fim à greve da categoria. A última conversa ocorreu no dia 15 de setembro.

Os bancários pedem reajuste salarial de inflação (9,62%) mais aumento real de 5%. A Fenaban oferece aumento de 7% mais o pagamento de um abono de R$ 3.300. Essa proposta dos bancos foi apresentada ainda no começo da greve, dia 9 de setembro, e foi considerada insuficiente pela categoria. No ano passado, a greve rendeu aumento real de 0,11%.

Paralisação

Até a última sexta-feira, os bancários haviam fechado 13,4 mil agências em todo o País, o equivalente a 57% dos pontos, segundo relato da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).

Também nesta segunda a Contraf divulgou estudo sobre as demissões no setor. De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), foram fechados 9.104 postos de trabalho nos bancos entre janeiro e agosto desde ano, crescimento de 51,7% em relação com igual período de 2015.