Arrecadação tem alta de 2,2%

Escrito por Redação ,

Brasília. A arrecadação de impostos e contribuições federais chegou a R$ 118 bilhões em abril, com crescimento de 2,27% em relação a igual período de 2016. De janeiro a abril, o total arrecadado ficou em R$ 446,8 bilhões, 0,65% maior que o registrado em igual período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Receita Federal. O crescimento é real, ou seja, leva em consideração a inflação do período medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Consideradas apenas as receitas administradas pela Receita Federal (excluídos outros órgãos), no entanto, o valor arrecadado ficou em R$ 112,5 bilhões em abril, com queda real de 1,3% em relação a abril de 2016. No acumulado de janeiro a abril, o valor arrecadado chegou a R$ 432,4 bilhões, apresentando um decréscimo real de 0,93%.

O recolhimento das receitas federais brasileiras já registrou sucessivas quedas, devido à contração da atividade econômica. O ano de 2016 terminou com queda real de 2,97% do total arrecadado. No ano passado, a queda no ingresso de receitas federais só começou a desacelerar em outubro, com a entrada de recursos do programa de regularização de ativos, ou repatriação. Em janeiro, a arrecadação cresceu pela primeira vez em três anos, na comparação com o mês anterior.

12 meses

O chefe do centro de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou que o desempenho das receitas federais nos últimos 12 meses está praticamente estável, com uma alta de 0,03% no período até abril. Até março, a evolução em 12 meses mostrava uma queda de 0,18%.

Ainda assim, ele admitiu que as receitas administradas estão em trajetória "ligeiramente descendente". No acumulado do ano até março, havia uma retração de 0,81% nessas receitas ante igual período de 2016. "Ainda há um cenário de forte deterioração da atividade econômica e essa dinâmica determina o resultado da arrecadação".

Ele destacou arrecadação atípica de cerca de R$ 1 bilhão no IR de rendimentos de residentes no exterior em abril, em juros e comissões pagos para pessoas físicas ou jurídicas.

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