Aluguel supera 30% da renda

Pesquisa revelou ainda que a quantidade de domicílios particulares cresceu 33,3% no Estado em dez anos

Escrito por Redação ,
Legenda: A proporção de pessoas que comprometiam mais do que o recomendado com o aluguel era de 30,6% em 2015, ante 16,4% em 2005
Foto: Foto: Rodrigo Carvalho

Um em cada três cearenses têm comprometido parcela grande demais do orçamento com o pagamento de aluguéis. É o que revelam os dados da Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nessa sexta-feira (2). O estudo mostra que 30,6% das pessoas que vivem em residências alugadas no Estado comprometem mais de 30% da sua renda com o aluguel, valor considerado "ônus excessivo" pelo IBGE.

>>Homem ganha 14,7% a mais que mulher no CE

>>Jovens 'nem-nem' aumentam no País

>>Emprego formal gera renda 2 vezes maior que informal

>>Número de idosos cresce 46%, diz SIS

>>Parcela dos mais pobres sobe 5,6 pontos no Ceará

>>Aluguel supera 30% da renda

>>Telefone em 92% dos domicílios

Em 2005, a proporção de pessoas que comprometiam mais do que o recomendado com a despesa era de 16,4%, refletindo a disparada dos preços de aluguel. Segundo o índice FipeZap, entre fevereiro de 2008 (dado mais antigo disponível) e dezembro de 2015, o aluguel médio no País aumentou 106,92%, bem acima da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, que subiu 62,80% em igual período.

 

O índice apresentou resultados semelhantes na média do País. Segundo o IBGE, 32% dos brasileiros que pagam aluguel gastam mais que 30% da renda própria com a despesa. Em 2005, essa proporção era de 24,3%. Rio e Distrito Federal são os locais onde há mais gente com gasto excessivo com aluguel: 38,5% e 38% das pessoas que moram em imóvel alugado, respectivamente.

Residências crescem

A pesquisa do IBGE revelou ainda que a quantidade de domicílios particulares cresceu 33,3% no Estado em dez anos, passando de 2,1 milhões, em 2005, para 2,8 milhões em 2015. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o aumento do número de residências foi um pouco menor que a nível estadual, 29,7% no período, tendo passado de 925 mil em 2005 para 1,2 milhão no ano passado.

O aumento no número de domicílios influenciou na queda da média de pessoas que moravam no mesmo espaço habitacional no Ceará, uma vez que, em 2005, uma média de 3,8 pessoas viviam no mesmo domicílio, e, em 2015, este número caiu para 3,1. Também observou-se uma queda no número de indivíduos que habitavam a mesma residência na RMF, visto que em 2005 a média era de 3,7, caindo para 3,2 em 2015.

Zona rural

Outro fator que explica o maior crescimento de domicílios no Estado é a redução do número de pessoas que habitam a mesma casa na zona rural, já que em 2005 foi registrado uma taxa de 4,1 pessoas por domicílio e, em 2015, essa média caiu para 3,2. Já na zona urbana, essa taxa decresceu um pouco menos, caindo de 3,7, em 2005, para 3,1 pessoas por domicílio em 2015.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.