Água e saneamento devem passar à iniciativa privada

Escrito por Redação ,
Legenda: Com a concessão da Cagece, o governo busca ampliar cobertura do serviço de esgotamento sanitário
Foto: Foto: Kiko Silva

Outra empresa estatal que deverá ser concedida à iniciativa privada, no primeiro semestre de 2018, é a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). O leilão será feito pelo governo federal, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Além da Cagece, o governo concederá também outras empresas de água e esgoto do Brasil nos seguintes estados: Acre, Amapá, Santa Catarina, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Piauí, Tocantins e Amazonas.

Mas, antes de conceder a Cagece à iniciativa privada, o Estado busca reestruturar a empresa, tornando o equipamento mais atrativo aos investidores. Em 2015 e 2014, a Cagece somou déficit de, aproximadamente, R$ 380,62 milhões.

O balanço da companhia referente a 2016 deverá ser divulgado até o fim deste mês, mas o presidente da Cagece, Neuri Freitas, já adiantou ao Diário do Nordeste que a companhia teve lucro em torno de R$ 120 milhões no ano passado. Atualmente, segundo ele, o valor patrimonial da empresa é de, aproximadamente, R$ 3,5 bilhões.

Conforme Neuri, com a concessão da Cagece, o governo busca ampliar a cobertura do serviço de esgotamento sanitário. "A gente precisa evoluir, principalmente, em esgotamento sanitário. Para evoluir, uma alternativa é buscar a iniciativa privada. E, com investidores, talvez a gente consiga chegar na universalização", acredita.

Venda descartada

Em nota enviada à reportagem, a Cagece reforça que, inicialmente, o objetivo é a contratação, por meio do BNDES, de uma consultoria a fim de fazer um estudo de viabilidade para uma Parceria Público Privada (PPP), considerando a Região Metropolitana de Fortaleza e a Região Metropolitana do Cariri.

"Somente com base nesse estudo é que o Governo do Ceará e a companhia decidirão se licitam ou não a contratação de um parceiro privado", informa, ressaltando que "a ideia de privatização está descartada".

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