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Doença crônica é caracterizada pelo ressecamento e vermelhidão da pele
No dia 23 de setembro, é celebrado o Dia Nacional da Dermatite Atópica, data que reforça a importância da conscientização sobre a condição crônica que afeta a pele de milhões de brasileiros. Saiba mais sobre a doença nos stories a seguir.
É uma doença crônica caracterizada por áreas de ressecamento e descamação da pele, que podem apresentar vermelhidão, coceira intensa e até vesículas com saída de líquido durante as crises.
Geralmente, nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos. A doença não é contagiosa e, em grande parte dos casos, está associada à asma e à rinite alérgica. Embora possa se manifestar em qualquer fase da vida, é mais comum na infância.
Além da base genética, a combinação de pele seca e irritável com o mau funcionamento do sistema imunológico estão entre as causas mais prováveis da doença. Também é relacionada a fatores ambientais, destacando-se a alergia ao ácaro (poeira doméstica).
Coceira intensa, inchaço, vermelhidão, descamação, ressecamento, secreção e alterações na textura e temperatura da pele. Também pode causar distúrbios de sono, ansiedade e até queda de rendimento escolar, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A doença pode se manifestar pelo contato com materiais ásperos, exposição a fragrâncias ou corantes adicionados a loções e sabonetes, produtos de limpeza, roupas de lã e tecido sintético, a baixa umidade do ar, frio, calor, transpiração intensa, estresse e alergias a pólen, mofo, ácaros e pelo de animais.
Hidratação intensiva da pele e o uso de medicamentos como corticosteroides tópicos e, em casos mais graves, imunobiológicos são indicados. Banhos curtos com água morna, uso de sabonetes suaves e hidratação imediata da pele são medidas básicas.
O ideal é utilizar sabonetes com pH ligeiramente ácido (em torno de 5), semelhante ao pH natural da pele. Sabonetes do tipo Syndet (detergentes sintéticos) e com fórmulas hipoalergênicas, sem fragrâncias, corantes e álcool são os mais indicados, pois minimizam o risco de irritações ou ressecamento, explica o dermatologista Guilherme Holanda.
Deve-se evitar sabonetes que contêm lauril sulfato de sódio, pois agridem mais a pele sensível. "É comum um sabonete sem lauril sulfato de sódio fazer menos espuma, mas isso não quer dizer que ele não limpe, a ideia é limpar sem ressecar", diz a cientista Tamara Gonçalves.
Sim, mas com cautela e sob orientação médica. A pele de quem tem a condição é mais sensível e pode ter reações alérgicas à tinta ou desenvolver lesões no local da tatuagem, um fenômeno chamado de Koebner. “É crucial não fazer a tatuagem durante uma crise e preparar a pele com hidratação intensa antes do procedimento”, diz o médico Guilherme Holanda.
Não, mas ela pode ser controlada com acompanhamento médico dermatológico contínuo e cuidados diários.
Neste conteúdo, o Diário do Nordeste consultou a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os dermatologistas Bárbara Bastos e Guilherme Holanda, e a cientista Tamara Gonçalves.