Em 1995, teve início no Ceará a construção da barragem de maior dimensão no país. O Castanhão serve para múltiplos usos, como o abastecimento humano, controle de enchentes, irrigação e pesca.

Localizado a 230 km de Fortaleza, o Castanhão é tão grande que consegue armazenar 6,7 bilhões m³ de água. Assim, sozinho pode acumular 36% de toda água do Ceará.

O Castanhão ocupa parte de 4 cidades: Jaguaribara, Alto Santo, Jaguaretama e Jaguaribe. Sua construção inundou a área urbana de Jaguaribara, por isso a população foi transferida para uma nova sede, a 50 km da anterior.

Entregue em dezembro de 2002, havia projeção de que o Castanhão levaria até 10 anos para atingir o volume máximo. Mas, em 2004, sangrou ao receber um intenso aporte em uma quadra chuvosa atípica.

Já em 2018, após anos seguidos de seca no Ceará, o açude ficou completamente seco, chegando a acumular apenas 2% de volume. Hoje, está com 27% da capacidade.

Uma grande rocha retirada do Rio Jaguaribe, na construção do Castanhão, foi levada para a “nova Jaguaribara" e fica em uma esquina da cidade. Ao ser tocada por outra pedra, ela emite som similar a de um sino.

Durante as escavações do Castanhão foi encontrada uma pedra em uma caverna que em 1910 recebeu um engenheiro americano. A rocha, sob a posse do DNOCS, tem a inscrição: "região de são salvador caverna do mistério, obra do fim dos tempos 1893". A frase enigmática ainda desperta curiosidade.