Renato Cariani usou dados de crianças para fraudar compra de hormônio de crescimento

Polícia Federal teve acesso a uma troca de mensagens entre Cariani e a sócia

Escrito por Redação ,
Renato Cariani. Renato Cariani alertou sócia sobre investigação feita pela PF: arrumar a casa e fugir da polícia
Legenda: Em pronunciamento, o influenciador afirmou que a empresa é toda "regulada"
Foto: reprodução/renato_cariani via Instagram

O influenciador fitness Renato Cariani e uma mulher, identificada como Elen, sócia de negócios dele, são suspeitos de integrar um esquema fraudulento para a compra de remédios com descontos, dentre eles um hormônio de crescimento chamado Norditropin, conhecido como "GH". Segundo o g1, a Polícia Federal teve acesso a uma troca de mensagens entre Cariani e Elen, indicando que a dupla usava nomes de crianças e dos pais delas para conseguir adquirir o medicamento. 

"Amiga, consegue dois nomes de crianças com os dados dos pais para mim, por favor. Preciso comprar mais daquele medicamento", escreveu o influenciador.

Conforme a publicação, a conversa ocorreu em julho de 2017 e foi anexada ao inquérito da PF junto a outras provas de irregularidades e fraudes cometidas por Cariani.

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Réu por suspeita de tráfico de drogas

Renato Cariani virou réu, na terça-feira (20), por suspeita de tráfico de drogas, após a Justiça de Diadema, no ABC Paulista, acatar a denúncia do Ministério Público de São Paulo. Outras quatro pessoas também foram denunciadas pelo crime: Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. 

As investigações da Polícia Federal apontam Fábio como intermediador no fornecimento de substâncias entre a empresa que ele é sócio e uma rede criminosa de tráfico internacional de drogas, como crack e cocaína. Ele chegou a ser indiciado pela PF por associação para tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico equiparado, em que o acusado não teria se envolvido diretamente com drogas ilícitas, mas com produtos químicos destinados à preparação de entorpecentes.

De acordo com o Ministério Público, os réus, "pelo menos sessenta vezes, produziram, venderam e forneceram, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mais de doze toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas. (...) Os valores provenientes dos crimes de tráfico de drogas acima noticiados, por meio de depósitos em espécie realizados por interpostas pessoas, convertendo em ativo lícito o montante aproximado de R$ 2.407.216,00".

Ficou ainda estabelecido que, como medida cautelar, todos os cinco devem entregar os passaportes em 24 horas e estão proibidos de sair do país.

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