Motorista de Porsche que matou homem em colisão em São Paulo está foragido; buscas seguem

Uma equipe do 30° DP foi até a sua casa para cumprir o mandado de prisão, na tarde deste sábado (4), mas sem sucesso

Escrito por Redação ,
FERNANDO PORSCHE
Legenda: Segundo disse à TV Globo o advogado Jonas Marzagão, que defende Fernando, o empresário só será apresentado às autoridades após a defesa despachar com o juiz do caso, na segunda-feira (6).
Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche que matou um motorista de aplicativo em São Paulo, já é considerado foragido pela polícia paulista. A prisão preventiva dele foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na noite de sexta (3), mas ele ainda não foi localizado. As informações são do g1.

Uma equipe do 30° DP foi até a sua casa para cumprir o mandado de prisão, na tarde deste sábado (4), mas sem sucesso. "As diligências prosseguem visando a sua localização e captura", informa a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo em nota.

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Segundo disse à TV Globo o advogado Jonas Marzagão, que defende Fernando, o empresário só será apresentado às autoridades após a defesa despachar com o juiz do caso, na segunda-feira (6). A intenção é garantir que ele seja levado a um presídio onde fique seguro.

Fernando Sastre de Andrade Filho é réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos por dolo eventual, que é, respectivamente, assumir o risco de matar e ferir. Além da morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana na colisão, que aconteceu no fim de março, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo de Fernando e que estava no banco do passageiro, ficou gravemente ferido.

Antes de acatar a prisão preventiva, requerida pelo Ministério Público, a Justiça já havia negado o pedido da Polícia Civil três vezes. Na decisão mais recente, o desembargador João Augusto Garcia pediu urgência na expedição do mandado, a fim de evitar que o empresário cometa novos crimes.

A defesa de Fernando afirmou, na sexta, que recorrerá da decisão, "pois entende que as 8 medidas cautelares (em parte já revogadas) anteriormente impostas, eram mais que suficientes, sendo desproporcional a prisão preventiva".

A nota foi assinada pelos advogados Jonas Marzagão, João Victor Maciel Gonçalves e Elizeu Soares de Camargo Neto. Este complementou que vai entrar com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nas próximas horas. Se for condenado, a pena de Fernando pode chegar a mais de 20 anos de prisão.

Após a expedição do mandado, Lucas e Luan, filhos do motorista Ornaldo, disseram que o sentimento da família é de gratidão. "A gente está vendo que a Justiça está sendo feita. A gente só tem a agradecer", disse Lucas.

O acidente

Fernando dirigia a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo, que morreu na hora, em 31 de março, na capital paulista. As imagens obtidas por câmera de segurança mostram que o empresário trafegava em velocidade duplamnte acima do limite para a via, que é de 50 km/h.

A polícia foi delocada para o local, mas a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, convenceu os agentes a liberaram seu filho para que ele pudesse o levar ao hospital, devido a um ferimento na boca. Eles jamais não procuraram atendimento médico.

A conduta dos policiais é apurada pela corregedoria da corporação. Já Daniela não foi indiciada, mesmo que o relatório final da polícia reconhecesse que ela ajudou Fernando na fuga. Também não há denúncia pelo MP.

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