Associação de Psiquiatria da América Latina dá dicas sobre raiva em redes sociais nas eleições

As informações postadas e replicadas, sejam elas verdadeiras ou falsas, potencializam as divergências

Escrito por Redação ,

Com os conflitos gerados na internet no período das eleições, os sentimentos de raiva e ódio estão cada vez mais presentes. De acordo com o superintendente-técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e também presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), Dr. Antonio Geraldo, a quantidade e velocidade das informações postadas e replicadas nas mídias sociais, sejam elas verdadeiras ou falsas, potencializam as divergências.

Por isso, é necessário preservar e cuidar da saúde mental. “O pilar básico é o exercício diário do respeito ao posicionamento do outro. Evitem a distribuição de ataques e provocações gratuitas. Não repliquem memes e fake news, tentem levar o debate para um caminho saudável e respeitoso de troca de ideias, com base em argumentos e não em ofensas e xingamentos”, recomenda. 

Ainda de acordo com o profissional, é necessário lembrar que o tema é temporal e momentâneo. As trocas não devem comprometer o convívio social após esse período. “Precisamos pensar nas sequelas e sintomas desse comportamento exagerado diante da cena política. Isso levar ao rompimento de uma relação. Já os sintomas físicos ‘filhos’ dessa raiva e desse ódio cego são inúmeros e podem afetar diretamente a sua saúde (e não só a mental), com dores de cabeça e estômago, insônia, falta de apetite, aumento da pressão arterial, aperto na garganta, crises de choro, fadiga, sensação de saciedade aumentada e maior consumo de álcool e drogas”, explica o especialista. Os relacionamentos humanos e a integração social são fundamentais na vida. Sentimentos como raiva, ódio, aversão e desprezo tendem a negativar essas relações.

Assuntos Relacionados