Obras do Aeroporto de Fortaleza chegam a 54% de execução
No próximo mês de julho, deve ser concluída a conexão entre o edifício atual do Aeroporto e toda a obra poderá ser finalizada até maio do próximo ano
As obras de ampliação do terminal já estão com 52% de execução, segundo o diretor de operações do Fortaleza Airport, Alan Veras. Ontem, inclusive, começou a funcionar a primeira esteira automática no terminal. "Já integramos a área central que interliga as salas de embarque domésticos, já abrimos uma nova área de Raio X doméstica, que ainda vai ser aumentada, e estamos em vias de abrir a nova área de Raio X internacional também", aponta.
No próximo mês de julho, deve ser concluída a conexão entre o edifício atual do Aeroporto e tudo deve estar pronto até maio do próximo ano. "Este ano vai ser bem promissor, com novos voos e novas empresas aéreas", destaca o diretor do Aeroporto.
Acompanhando o otimismo do mercado para um crescimento mais robusto da economia neste ano, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional Pinto Martins - que já cresceu 11,5% no ano passado ante 2017 - deve repetir o avanço de dois dígitos em 2019, segundo Veras. "Em 2018, até com índice de confiança menor, a gente já teve esse crescimento. Então, a expectativa deste ano é também de dois dígitos", aponta.
Hub aéreo
Com a proposta inicial de conectar cinco cidades do Norte e Nordeste a Fortaleza para alimentar os voos do grupo Air France-KLM à Europa, o hub da companhia aérea Gol já interliga oito capitais ao Pinto Martins (Natal, Recife, Salvador, Manaus, Belém, Brasília e, mais recentemente, Teresina e São Luís).
De acordo com o executivo do grupo franco-holandês Denis Ribeiro, a abrangência do centro de conexões domésticas deve continuar crescendo no País. "A gente não deve parar por aí. Onde tiver potencial para a gente expandir o hub enquanto centro de conexões no Norte e Nordeste, quem sabe, do País inteiro", aponta Ribeiro.
Stopover
Para conquistar os passageiros que utilizam o aeroporto para fazer conexões, Ribeiro aponta que ainda falta maior interlocução entre o setor de transporte aéreo, o de infraestrutura e o poder público para encontrar oportunidades de parcerias que ofereçam vantagens aos clientes.
"Para o passageiro cujo destino final não é Fortaleza, se não tiver um extra, porque vai parar aqui? A gente precisa dar um benefício extra para que ele faça isso", pontua o executivo. Destacando que a prática é relativamente nova no Brasil, Ribeiro aponta que o grupo Air France-KLM já conseguiu fechar algumas parcerias com museus no Rio de Janeiro, por exemplo, para atrair passageiros em conexão a passar uns dias na cidade.
Em Fortaleza, ele afirma que o grupo já começou a conversar com algumas empresas com esse objetivo, de todos os segmentos, mas que ainda não há nada fechado. "Espero que em breve a gente consiga oferecer isso para o público final, seja estrangeiro ou brasileiro", aponta o executivo.