Desenvolvimento econômico do Ceará é o mais alto do Nordeste, aponta Sebrae

Índice elaborado pelo Sebrae Minas Gerais mostra que o Estado tem o melhor indicador de desenvolvimento econômico local entre os estados da Região. Para economista, resultado revela melhora do ambiente de negócios

Escrito por Redação ,

O Ceará tem o mais alto nível de desenvolvimento econômico entre os estados do Nordeste, revela pesquisa elaborada pelo Sebrae Minas Gerais. O Estado apresentou o melhor resultado do Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (ISDEL), com uma pontuação de 0,365.

Entre os estados brasileiros, porém, o Ceará fica na 13ª colocação. O ranking nacional é liderado por São Paulo (0,538), Rio de Janeiro (0,491) e Distrito Federal (0,473). O indicador utiliza uma escala que varia entre 0 e 1, de acordo com o nível de desenvolvimento de cada localidade.

"Melhor colocado no Nordeste e em uma posição intermediária no Brasil, o Ceará se destacou nos itens Tecido Empresarial e Governança para o Desenvolvimento. Em nenhuma categoria o Estado ficou em uma posição muito baixa", destaca Paola La Guardia, analista do Sebrae Minas. Segundo a instituição, a categoria "Tecido Empresarial" está relacionada à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas. E a categoria "Governança para o Desenvolvimento" está relacionada à participação e controle social, articulação e gestão pública. Em ambas, o Ceará foi o nono colocado.

Por outro lado, os piores resultados do Ceará foram nos itens "Capital Empreendedor", que trata de educação, renda e densidade empresarial, e "Inserção Competitiva", referente a informações de comércio internacional. Em ambas, o Estado ficou na 16ª posição. E no item "Organização Produtiva", que avalia aglomerações produtivas, e diversificação produtiva e vantagens locais, o Ceará ficou na 12ª posição. Ao todo, o Isdel analisa 30 indicadores divididos nestas cinco dimensões.

"Nos últimos anos, o ambiente de negócios no Ceará vem melhorando, seguindo, por exemplo, o que fez a Junta Comercial de Minas Gerais, que digitalizou a rede Simples, com mais agilidade tecnológica, dando mais rapidez para a abertura de empresas", diz o economista Ricardo Eleutério. "Isso contribui para o desenvolvimento econômico das empresas".

Gráfico elaborado pelo Sebrae sobre indicadores de desenvolvimento do Ceará e de Fortaleza

Capitais

Comparada às outras capitais nordestinas, Fortaleza ficou na 2ª posição no ranking, com uma pontuação de 0,484, atrás apenas do Recife (0,497). Entre as demais capitais brasileiras, a cearense ficou na 10ª posição, em ranking liderado por São Paulo (0,796), Rio de Janeiro (0,631) e Curitiba (0,588). Já se considerado todos os municípios do País, a cidade ficou na 39ª posição.

"Fortaleza teve uma pontuação melhor do que o Estado, se destacando na dimensão 'Tecido Empresarial' e 'Organização Produtiva', nas quais ficou na 11ª colocação entre os municípios brasileiros. Por outro lado, o pior resultado da Capital foi na dimensão 'Capital Empreendedor', que ficou na 728ª posição, o que reflete baixos patamares de renda, instrução das pessoas, e de densidade empresarial", diz Paola La Guardia.

Para Ricardo Eleutério, o desempenho de Fortaleza pode ser creditado tanto ao trabalho do Governo do Estado como à Prefeitura de Fortaleza na atração de investimentos externos e na manutenção do equilíbrio fiscal. "Além disso, avanços tecnológicos e a governança têm contribuído para melhoria do ambiente de negócios. E como essa é a primeira pesquisa, acredito que nas próximas, teremos resultados ainda melhores", avalia o economista.

Municípios cearenses

Entre os municípios cearenses, o primeiro colocado do ranking foi Fortaleza, seguido pelas cidades de Juazeiro do Norte (0,399), Maracanaú (0,388), Crato (0,379) e Sobral (0,366). Na última posição do Estado, ficou o município de Uruburetama (0,222).

Entre as subdimensões, os maiores indicadores ficaram com Fortaleza (Renda, Tecido Empresarial, Tecido Social, Gestão Pública, Organização Produtiva e Vantagens Locais), Sobral (Educação e Comércio Internacional), Ererê (Saúde), Guaramiranga (Densidade Empresarial), São Luís do Curu (Valores Solidários), Aratuba (Participação e Controle Social) e São João do Jaguaribe (Articulação).

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