Termoceará está entre as usinas desligadas em março

Escrito por Redação ,
Legenda: Localizada em Caucaia, a Usina Termoceará é operada pela Petrobras e, em breve, deixará de ser acionada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

Das 21 usinas termelétricas que serão desligadas no total no início deste mês, possibilitando a implantação da bandeira verde em abril e, assim, diminuindo o custo com a energia elétrica, uma é cearense. Localizada em Caucaia, a Usina Termoceará é operada pela Petrobras e, em breve, deixará de ser acionada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em virtude da melhoria no cenário de chuvas dos últimos meses no País.

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Com potência instalada de 220MW, a termelétrica foi comprada pela estatal em 2005 da MPX por R$ 137 milhões. Questionada pela reportagem, a estatal informou que a usina continuará a manter suas atividades, de modo a disponibilizar energia ao sistema interligado, sempre que solicitada pelo ONS.

A unidade é abastecida pelo Terminal de Regaseificação de Pecém, que tem capacidade de transferir até 7 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural para o Gasoduto Guamaré-Pecém (Gasfor). Com a decisão da Petrobras de sair do setor elétrico, a usina e o terminal, devem ser vendidos à iniciativa privada juntamente a outras 19 térmicas, gasodutos e terminais de regaseificação da empresa localizados no País.

Entretanto, a conclusão do negócio esbarra em questões regulatórias, segundo um executivo de grande empresa do setor elétrico que quer comprar ativos. Para vender suas térmicas, a Petrobras terá de, primeiro, chegar a um acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre a regulação dos gasodutos.

O plano geral da Petrobras de venda de ativos pretende arrecadar US$ 57,7 bilhões (cerca de R$ 225 bilhões). Mas, até agora, a empresa só conseguiu se desfazer de 49% de uma de suas subsidiárias, a Gaspetro, de distribuição de gás, por R$ 1,9 bilhão.

Positivo

Conforme o economista e consultor internacional Alcântara Macêdo, em matéria publicada pelo Diário do Nordeste no dia 12 de fevereiro, a venda das unidades poderá ser positiva para o Estado, na medida em que esses empreendimentos venham a ser operados por empresas especializadas em geração de energia.

Para Macêdo, a eventual venda desses ativos deve beneficiar tanto a Petrobras, que precisa fazer caixa, como o Estado do Ceará, que necessita desses empreendimentos para o funcionamento do polo metalmecânico do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

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