Relator poderá fazer mais alterações na proposta

Escrito por Redação ,
Legenda: O relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia, pode fazer alterações no texto até a votação
Foto: Foto: Luis Macedo

Brasília. O presidente Michel Temer foi informado de que, sob pressão de diversas categorias, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pode fazer alterações em seu texto até o momento da votação, marcada para hoje (3).

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Há a uma possibilidade de os policiais legislativos serem incluídos nas regras estabelecidas para os demais policiais tratados na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da nova Previdência. Apesar da alegação de parlamentares de que as alterações seriam pontuais e de auxiliares de Temer considerarem o impacto mínimo, o governo não gostou nem um pouco de saber que a Previdência ainda pode mudar. O entendimento é que a alteração para beneficiar os policiais legislativos abre brecha para que outras categorias, a exemplo dos agentes penitenciários e fiscais da receita, que também querem alterações.

Votação

Responsável por fazer levantamentos de previsão de votos desde a época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado Beto Mansur (PRB-SP) previu ontem que a reforma da Previdência será aprovada na comissão especial por 23 ou 24 votos.

Para aprovar a reforma na comissão especial, o governo precisa de votos favoráveis apenas da maioria dos integrantes presentes no dia da votação. Para que a sessão da colegiado seja aberta e, assim, a votação possa ser realizada, contudo, pelo menos 19 dos 36 membros do colegiado devem registrar presença. "Hoje nosso levantamento aponta que temos entre 23 e 24 votos para aprovar na comissão. Isso dá uma demonstração para a sociedade que a base está unida para apreciar o texto do relator", disse. Esse total de votos representa mais do que 3/5 dos membros da comissão, mesmo porcentual dos 513 deputados necessário para aprovar no plenário.

Aprovada a reforma na comissão, Beto Mansur disse que lideranças governistas devem fazer uma reunião nesta quinta-feira (4) para traçar a estratégia para a votação no plenário, quando a reforma previdenciária tem de passar por duas votações e, para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos favoráveis.

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