Posco e Aço Cearense buscam mercado consumidor no Ceará

Segundo o grupo local, o projeto continua em análise. Agora, está sendo iniciada a fase do estudo financeiro

Escrito por Redação ,
Legenda: Na primeira fase, cerca de US$ 800 milhões deverão ser investidos na obra
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O Grupo Aço Cearense e a sul-coreana Posco estão buscando alternativas para a venda, dentro do Ceará, dos aços planos a serem produzidos pela laminadora que estudam instalar no Estado. O estudo de viabilidade do empreendimento, que estava previsto para ser concluído até o fim de junho, ainda está sendo elaborado e não existe um cronograma definido.

"O projeto continua em estudo, principalmente na parte técnica para se definir o investimento, e tem alguns pontos que ainda precisamos buscar alternativas, principalmente sobre a questão da venda da placa para dentro do estado do Ceará", informou a Aço Cearense, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa. A nota adianta, ainda, que está sendo iniciada, no momento, a fase de estudo financeiro do investimento para o projeto.

As duas empresas assinaram, em novembro do ano passado e após seis meses de conversas, um Memorando de Entendimentos (MOU), que estabelece a intenção de ambas de desenvolverem o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma laminadora de aços planos no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

De acordo com a Aço Cearense, a área em que a planta será construída ainda está sendo negociada. A laminadora deverá ser instalada em duas fases, com a primeira envolvendo investimentos de US$ 800 milhões.

Estimativa

Na etapa inicial, o empreendimento prevê a produção total em torno de 700 mil toneladas/ano de bobinas (ar quente, ar frio e galvanizadas). Já na segunda fase, o total chegará a 1 milhão de toneladas/ano das mesmas bobinas.

Sociedade

"A sociedade entre o Grupo Aço Cearense e a sul-coreana Posco já está acertada, por isso estamos desenvolvendo o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação da laminadora de aços planos no Estado. Após definir este estudo é que serão definidas as participações financeiras de cada empresa", informou a assessoria de imprensa da empresa.

Conforme o grupo, este é "um projeto grande, complexo e, desta forma, vários pontos devem ser avaliados". A reportagem foi informada que diversas reuniões técnicas entre o grupo cearense e o coreano foram realizadas, em Fortaleza e na Coreia do Sul, para a definição dos equipamentos a serem utilizados na laminadora.

Empregos

A previsão é que a usina, que será o terceiro projeto siderúrgico a ser instalado no Estado, gere 1.500 empregos diretos. O Grupo Aço Cearense reforça que, de acordo com estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), para este tipo de investimento, cada emprego direto gerado corresponde a 24 indiretos, o que somaria ao final 36 mil colocações.

O grupo cearense acrescenta ainda que o Governo do Estado também está trabalhando para viabilizar o empreendimento.

Siderúrgica

A Posco é responsável pela construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Sérgio de Sousa
Repórter

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