Parente nega que tenha intenção de demitir-se

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Redação producaodiario@svm.com.br

Brasília. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, negou que tenha tido qualquer intenção de entregar o cargo. O executivo mantém o mesmo posicionamento frente à necessidade de continuidade da atual política de preços dos combustíveis da estatal. No início da tarde dessa sexta-feira, 25, as ações da companhia caíram com rumores de uma possível demissão dele.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, também afirmou em entrevista coletiva que não há a possibilidade de renúncia de Pedro Parente da presidência da Petrobras. "De forma alguma, não chegou ao meu conhecimento", afirmou Guardia.

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Parente tentou na quinta-feira convencer o mercado financeiro de que tomou uma decisão "tática" ao congelar e reduzir o preço do óleo diesel em 10%, em resposta ao protesto dos caminhoneiros. Mas não conseguiu e as ações da empresa fecharam na quinta-feira 24, com recuo de 13,71% (PN) e 14,55% (ON). A queda fez a petroleira perder R$ 47,2 bilhões em valor de mercado em apenas um dia, além do posto de empresa mais valiosa da BM&FBovespa, ao ser ultrapassada pela Ambev.

Críticas

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, endureceu as críticas ao governo Temer, nessa sexta-feira, depois de o Palácio do Planalto anunciar que irá convocar as forças nacionais de segurança para desbloquear as estradas paralisadas pela greve dos caminhoneiros. Na avaliação do emedebista, a política de preços da Petrobras é responsável pela continuidade do piquete.

"As decisões são do presidente da República, cabe a ele tomar as decisões e responder por elas. Quem define preços da Petrobras é o Executivo. Nós, do Congresso, só podemos achar, não podemos fazer. Se eu pudesse fazer, já tinha feito. Agora cabe ao Executivo mudar a política de preços da Petrobras. No meu entendimento ela está equivocada", disse. Ele afirmou que é importante abrir as planilhas da empresa para "conhecer" o que há por trás dessas medidas. "Terça-feira, 29, vai ter um debate na Câmara de uma comissão geral, com deputados e senadores, para se conhecer o que efetivamente temos nessa chamada planilha de preços da Petrobras".

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