Obras garantiram 10 mil empregados em 2017

Número é relevante, mas foi o menor índice de emprego do setor na história em todo o Estado do Ceará

Escrito por Levi de Freitas - Repórter ,
Legenda: Expectativa é que, com a retomada da economia esperada para 2018, o setor da construção pesada também eleve os indicadores de desempenho

Esperança é a palavra de ordem no setor da construção pesada no Ceará. Apesar da crise econômica e política que assolou o País nos últimos anos, o Estado conseguiu manter as obras, deixando 10 mil profissionais empregados. Este número, contudo, é o menor da história, conforme o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará (Sinconpe/CE).

Apesar do cenário preocupante, o presidente do Sindicato, Dinalvo Diniz, ressalta o pensamento positivo em que a situação do País melhore neste ano, impulsionando assim mais investimentos e assim, por tabela, originando mais serviços.

"O setor vive de esperança. É a nossa bandeira. Que o País tome rumo em relação ao equacionamento das contas públicas e volte a ter capacidade para investir em infraestrutura. Aqui, no nosso estado, ainda estamos mais bem posicionados, porque o Ceará ainda ter acordos com organismos internacionais de parceria de financiamento. Ainda tem programa grande de rodovia e as empresas ainda têm como manter suas atividades", ressaltou ele.

Recuperação

Conforme Diniz, a busca do governo federal em resolver pendências através das Reformas (da Previdência, do Trabalho) é um indicador que eleva as perspectivas para mudança de chave e recuperação do bom movimento do setor.

"Tudo é função desse equacionamento do governo federal, essa luta de aprovar reformas para ver se sobra dinheiro para fazer investimento. Toda a arrecadação do governo hoje está comprometida com o custeio da máquina e não tem sobrado nada para investir. A gente vem sofrendo há três anos seguidos e, a cada ano, o investimento tem sido menor. E o setor tem sofrido bastante com isso", enfatizou.

O Ceará, conforme ressalta o presidente do Sinconpe/CE, conseguiu, pelo menos nos últimos sete meses, manter o número de funcionários empregados. "De julho para cá, o Estado tem mantido os empregos, mas atualmente é um dos números mais baixos que já tivemos. São em torno de 10 mil pessoas trabalhando. Mas já chegou a cerca de 20 mil. Estamos na metade de nossa capacidade", frisou.

Investimentos importantes

Entretanto, conforme Diniz faz questão de realçar, outro alento para o setor é ainda saber que há locais pelo País que continuam em situações bem piores. "Converso com o pessoal de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, e só tem lamúria", destacou.

Nisto, o presidente do sindicato que representa da construção civil pesada no Estado faz uma ressalva e elogia a atuação do governo cearense, que conseguiu manter seus investimentos no período de crise.

"O equacionamento das contas do Ceará vem demonstrando ao longo do tempo esse acerto nas contas e, com isso, vem conseguindo se diferenciar dos demais estados do Brasil em razão de sua capacidade de investir. É um Estado pobre, mas nessa hora aparece como Estado rico, pois consegue realizar alguma coisa, quando outros não conseguem. E isso tudo é questão de equilíbrio", pontuou o presidente do Sincope/CE.

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