Pinto Martins é o 8º aeroporto de maior influência no País

Estudo da SAC mostra que 252 cidades no País têm potencial para receber voos diretos.

Escrito por Redação ,

Levantamento divulgado nesta quinta-feira, 22, pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) mostra que o Aeroporto Internacional Pinto Martins, de Fortaleza é o 8º em influência no País. Ou seja, trata-se do 8º no ranking dos terminais que é origem e destino de boa parte dos passageiros brasileiros. Na frente de Fortaleza estão Guarulhos e Campinas, de São Paulo, na liderança; Confins, Porto Alegre, Congonhas e Salvador. O levantamento comprova, portanto, que o Estado de São Paulo é a origem e o destino da maioria dos passageiros brasileiros. 

Apesar do crescimento doméstico nos últimos anos, pelo menos 252 cidades brasileiras ainda têm mercado potencial para receber voos diretos diários de 112 passageiros, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira, 22, pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). O estudo mostrou que esses municípios podem receber rotas aéreas com pelo menos 50% de ocupação das aeronaves. De acordo com a SAC, em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação. 

Entre os voos com potencial de demanda diária estão as rotas Rio de Janeiro - Vila Velha (ES) e Macaé (RJ) - Santos, que ainda não recebem voos regulares. Os passageiros ouvidos pela SAC também gostariam de ver criadas rotas diretas como Blumenau (SC) - São Paulo e Campo Grande - Rio de Janeiro. 

Em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a SAC entrevistou mais de 150 mil passageiros em 2014 com um questionário de 70 perguntas. A pesquisa foi feita nos 65 maiores aeroportos do País, responsáveis por 98% do fluxo aéreo nacional. Chamado de "O Brasil que Voa", o estudo traçou um perfil dos passageiros, aeroportos e rotas, mostrando que as pessoas que usam o modal de transporte vêm ou vão para 3.590 municípios, ou 64% das cidades brasileiras.

A pesquisa revelou ainda que 45% dos passageiros no ano passado tinha renda mensal entre dois e dez salários mínimos. A maioria das pessoas que voam no Brasil tem entre 31 e 45 anos, compra passagem com menos de um mês de antecedência e viaja para trabalhar ou estudar. O estudo também aborda detalhes dos hábitos dos passageiros como o trajeto até o aeroporto, feito sobretudo por táxi, e o gasto médio de R$ 50 nos terminais até a chamada final para o voo. 

A partir dos questionários, a SAC montou um banco de dados com 10,5 milhões de repostas que serão usadas pelo órgão para desenvolver estratégias e políticas públicas para o setor. Em 2014, foram 199,3 milhões de viagens aéreas no País, e a previsão é de que a movimentação anual de passageiros chegue a 600 milhões em 2034.

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