Erros na emissão de notas pela Sefin chegam ao 9º dia
Falta de histórico e falhas nos cadastros estão entre os problemas mais comuns
A expressão "tempo é dinheiro" começa a fazer mais sentido para empresas e contadores impossibilitados de emitir notas fiscais válidas há mais de uma semana. Sem a emissão apropriada das notas fiscais eletrônicas (NFs-e), companhias e profissionais continuam sem poder cobrar por serviços prestados de forma legal. Desde o dia 26 de julho, o serviço virtual de geração de documentos da Secrataria Municipal de Finanças (Sefin) tem apresentado problemas. Primeiro, ficou completamente fora do ar por quatro dias e depois enfrentou erros menores, como inconsistência cadastral.
Apesar de o contrato com a empresa terceirizada responsável pelo serviço ter sido cancelado no dia 21 de junho, a mudança de sistema, do antigo GissOnline para o novo site, foi feita sem aviso prévio nos últimos dias do mês de julho. Mesmo com o lançamento da nova ferramenta, em 30 de julho, as dificuldades para conseguir gerar o documento de forma adequada persistem. A migração de dados entre sistemas foi feita de forma incompleta. Usuários experienciam problemas como a necessidade de recadastramento e a falta do histórico de emissão de notas. Por volta das 13h desta segunda-feira (04), a página na internet chegou a sair do ar por alguns minutos.
Para a contadora Tânia Santana, os erros são gravíssimos e têm prejudicado vários clientes. "Teremos que convencer os contratantes a receber notas fiscais com dados incorretos. O pior é que eles dizem que não há previsão de quando tudo será regularizado e isso pode gerar ainda mais problemas para o pagamento de imposto do contribuinte", diz.
Na tarde desta segunda, o presidente da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio), Luiz Gastão Bittencourt, fará um pronunciamento sobre os transtornos e prejuízos causados ao setor desde o último dia 26.
Difícil acesso
No site de buscas Google, o diretório indexado para emissão de notas ainda é o GissOnline (já em desuso). Isso significa que os internautas não conseguem encontrar o atual endereço virtual do serviço nas pesquisas. Em vez disso, são enviados para o antigo sistema.
A Redação Web do Diário do Nordeste entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sefin, mas ainda não obteve maiores esclarecimentos sobre o problema.