Caso seca continue, ONS admite possibilidade de racionamento até final do ano

A informação foi divulgada em nota divulgada na tarde desta terça-feira pelo Operador Nacional do Sistema em resposta a reportagem do jornal Valor Econômico.

Escrito por
Folhapress producaodiario@svm.com.br

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) negou, em nota divulgada na tarde de sta terça-feira (29), que sugeriu corte na oferta de energia ao governo brasileiro, mas admitiu que, caso ocorra o agravamento das condições hidrológicas no período de maio a novembro, "poderá propor medidas adicionais às autoridades setoriais, de forma que fique garantido o fornecimento de energia elétrica para a sociedade".

A nota, porém, não explica que medidas poderiam ser tomadas caso a situação dos reservatórios se agravem, já que o uso das térmicas, que é uma das formas de garantir o abastecimento de energia em momentos de reservatórios baixos, já se encontra em patamar elevado.

Assinado pelo diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, o comunicado foi em resposta a uma reportagem publicada hoje pelo jornal "Valor Econômico" que diz que o operador do sistema tem defendido nos bastidores que a carga de energia disponível para o país seja reduzida de 4% a 6% com o objetivo de poupar a água dos reservatórios.

De acordo com o jornal, o operador já teria enviado a proposta de redução de carga para a presidente Dilma Rousseff e que a medida permitiria elevar de oito a dez pontos percentuais o nível dos reservatórios, que em abril fecharam em média de 36,9% no Sudeste e no Centro-Oeste.

Sem citar o jornal, mas usando termos presentes na reportagem, o operador informou que a divulgação de informações para a sociedade é feita exclusivamente pelo diretor geral do órgão. "Dessa forma, o ONS não reconhece notícias oriundas de 'técnicos do Operador' ou de uma suposta atuação 'nos bastidores'".
    

 

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