Janeiro começa com 10,5 mil empregos no Ceará

Maior movimentação nas unidades do Sine/IDT do Estado é esperada para o começo de 2015 e a estimativa é que, já nos primeiros 15 dias do ano, 60% do total de vagas sejam preenchidas, que correspondem a 6.300 postos de trabalho

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Redação producaodiario@svm.com.br

Mesmo sendo visto por analistas como um ano de dificuldades econômicas no Brasil, 2015 começa com muitas oportunidades para quem deseja ingressar no mercado de trabalho cearense. Só em janeiro, por meio do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) do Estado, deverão ser captadas 10,5 mil vagas temporárias e efetivas, igual número registrado há dois anos, em 2013.

A partir da segunda quinzena deste mês, o fluxo de pessoas nas unidades do Sine/IDT, que sempre fica menor em dezembro, voltará a se intensificar, conforme espera o órgão que encaminha pessoas ao trabalho.

Estima-se que, com isso, das 10.500 previstas no primeiro mês do ano, 60% sejam preenchidas, o que corresponde a 6.300 postos de trabalho.

Demanda reprimida

"Ainda há uma ideia de que não existem vagas em dezembro, mas isso é um equívoco. Muita pessoas acham que as empresas não contratam em dezembro, outras preferem curtir o período natalino e procurar trabalho só no início de ano. Por isso, em janeiro, o movimento é maior. É causa dessa demanda reprimida", afirma o diretor de Promoção do Trabalho do Sine/IDT, Antenor Tenório.

O gestor acredita que, no Estado, 2015 será semelhante a 2014 no que se refere à geração de empregos. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais de 50 mil postos de trabalho haviam sido gerados no Ceará, em 2014, até o fim de novembro. "A cada dez empregos criados na região Nordeste, quatro são no Ceará", destaca.

Apesar de fatores como a inflação e a alta do dólar, que afetam o mercado interno e deixam empresários pessimistas, Tenório aposta que o Estado continuará crescendo acima da média nacional em 2015. Para ele, o empresariado local não está otimista, mas agindo com mais cautela.

Balanço de 2014

Até o fim de novembro, 77.513 pessoas haviam sido inseridas no mercado de trabalho por meio do Sine/IDT do Ceará, número deve ter chegado a 80 mil no mês seguinte. "Queremos, no mínimo, repetir os dados de 2014. Acho que isso será possível. A partir deste mês, o setor de serviços, o comércio e até a indústria começarão a contratar mais mão de obra. Ganham destaque cargos como garçom, cozinheiros, recepcionistas, vendedores, operadores de telemarketing, entre outros", diz Tenório.

Com relação ao setor de serviços, ele chama a atenção para o fortalecimento da cadeia do turismo em Fortaleza, com destaque para empresas que atuam no segmento de hotéis, bares e restaurantes. O comércio, explica, continuará aquecido com a abertura de novas lojas em shoppings da Capital. Isso por conta da expansão do Iguatemi, a ser inaugurada em março, e da operação de mais lojas no RioMar.

A indústria, setor que mais sofre com a instabilidade econômica no País, deverá continuar contratando por meio da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). "Além de mais pessoas para atuar na obra, vagas para quem deseja atuar na companhia começarão a ser captadas. Mas, nesse caso, a procura será por mão de obras mais especializada", aponta.

Obras públicas

A única preocupação de Antenor Tenório é quanto à geração de empregos com a execução de obras públicas. Conforme avalia, os governos federal e estadual vão manter o foco, em um primeiro momento, nos serviços que ainda não foram concluídos.

Nesse contexto, destacam-se a transposição do Rio São Francisco, a ferrovia Transnordestina, e a construção de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. "De certo modo, a iniciativa pública continuará investindo em infraestrutura, mas não com a mesma intensidade", acrescenta.

Raone Saraiva
Repórter

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