Imóveis na Capital têm valorização de 0,84% em 2016

Entre as 20 cidades brasileiras pesquisadas pelo FipeZap, Fortaleza tem o nono metro quadrado mais caro

Escrito por Ingrid Coelho - Repórter ,
Legenda: O valor médio do metro quadrado dos imóveis em Fortaleza encerrou o ano em R$ 5.965, segundo mais caro do Nordeste, atrás apenas de Recife (R$ 6.134), de acordo com o Índice FipeZap
Foto: Foto: Fabiane de Paula

Em um ano no qual a economia do País passou por uma situação difícil, os imóveis de Fortaleza encerraram 2016 com valorização acumulada de 0,84%, conforme a última edição do Índice FipeZap, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas com a Zap Imóveis. Apesar do resultado positivo, o valor do metro quadrado (m²) construído vendido enfrentou desvalorização mensal de 0,05% em dezembro, ante queda de 0,26% em novembro, encerrando o mês a R$ 5.965.

O valor coloca Fortaleza como o 9º m² mais caro entre as 20 cidades pesquisadas. No Nordeste, a Capital cearense fica atrás apenas de Recife (PE), cujo valor do m² era de R$ 6.134 em dezembro. O maior valor foi encontrado no Rio de Janeiro (R$ 10.214), seguido por São Paulo (R$ 8.641) e Distrito Federal, em Brasília (R$ 8.497), na segunda e terceira posições, respectivamente. Apresentaram os menores preços Contagem, em Minas Gerais (R$ 3.603); Goiânia, em Goiás (R$ 4.097) e Vila Velha, no Espírito Santo (R$ 4.547).

Para o diretor da Dias de Sousa Construções, Patriolino Dias, o grande estoque de imóveis que haviam nos últimos dois anos estão em um processo de "limpa". Ele avalia que esse ritmo deve continuar em 2017, mas a situação deve começar a se reverter por volta do meio deste ano. "O estoque já está diminuindo, então haverá um momento em que começará a faltar imóvel e o preço deverá ter um novo salto".

Estoque

Assim, no momento em que esses estoques se esgotarem, haverá uma retomada de preços, já que há um tempo considerável desde a concepção até a finalização e lançamento de um imóvel, conforme a avaliação do diretor da Dias de Sousa. "Ninguém consegue instantaneamente ter um imóvel pronto", destaca Dias.

Ele acrescenta ainda que, atualmente, não há empresas fazendo lançamentos por conta da baixa atratividade do momento. "A taxa de juros está alta. Não é da noite para o dia que se coloca um imóvel pronto e a necessidade de morar continuará a existir", completa o diretor da Dias de Sousa Construções.

A variação nos preços dos imóveis vendidos em Fortaleza ocorrida em dezembro está entre as menores do País. A baixa de 0,05% só não foi mais expressiva que as quedas registradas em Contagem (-0,15%); Goiânia (-0,12%); Distrito Federal (-0,11%); Vitória (-0,09%) e Rio de Janeiro (-0,06%). Os principais avanços mensais foram vistos nas cidades de Belo Horizonte, em Minas Gerais (0,99%); Recife (0,41%) e Salvador, na Bahia (0,28%).

Acumulado

Em 2016, o Índice FipeZap para 20 cidades fechou com variação de 0,57%, sendo que as maiores foram registradas em Curitiba (4,78%); Belo Horizonte (4,74%); Florianópolis, em Santa Catarina (4,67%); Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (3,21%) e Vitória (3,16%).

Já as menores variações nos preços do m² vendido, levando em conta essa base de comparação, foram observadas em Goiânia (-2,67%); Rio de Janeiro (-2,08%); Niterói, no Rio de Janeiro (-1,76%); Distrito Federal (-1,15%) e São Bernardo do Campo, interior do Estado de São Paulo (0,40%).

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