Governo do CE vai ao Irã em busca de investimentos

Escrito por Redação ,
Legenda: Balhmann: "desde quando caíram as sanções, o Irã readquiriu o papel de investidor mundial"
Foto: Foto: Rui Nóbrega

Após visitar a China no mês passado, em janeiro o governo irá visitar o Irã para buscar novos investimentos para o Estado. De acordo com Antônio Bahlmann, assessor especial para Assuntos Internacionais, a ideia é prospectar empresas das áreas de gás, petróleo e petroquímica, assuntos de referência para a região, a fim de implantar unidades na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE).

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Além de apresentar a ZPE às autoridades e empresários iranianos, o governo mostrará o plano da refinaria. "Desde quando caíram as sanções sobre o País, o Irã readquiriu o papel de investidor mundial. Eles fizeram acordo inclusive com a Espanha na área de refino de petróleo", pontuou Bahlmann. O contato com representantes do País já foram iniciados por meio da embaixada do Irã no Brasil.

De acordo com o presidente da ZPE, Mário Lima, o próximo ano será de conclusão da infraestrutura do Pecém. "O conjunto porto e área industrial vai ser finalizado até abril ou maio de 2017. Mas no fim deste ano, mesmo sem a conclusão da ponte de acesso e sem a finalização dos berços especializados, já estamos com resultados bastante interessantes", apontou.

Otimismo

Ele afirma ainda estar otimista com a melhora da infraestrutura da região, dada a ordem de serviço da CE-155, conhecida como Avenida Portuária, dos acessos ao setor II da ZPE e da Estrada das Placas, que está em fase de finalização. "Temos um fluxo de obras bastante interessante, mas isso não significa esperar pelo final, porque todas as indústrias que existem no Pecém já estão operando e com bom desempenho", pontuou.

Setor II

O maior trabalho agora, disse Mário Lima, é pela conclusão da infraestrutura do setor II da ZPE, para que esteja apto a receber o alfandegamento da área. "Para ser concedida (a autorização para o alfandegamento), é preciso obedecer a determinadas regras, depende de certa infraestrutura. A área tem que estar cercada, monitorada, precisa haver o gate de controle", explicou.

"É nesse local, a primeira fase do setor II, sul, com uma área de 150 hectares e cerca de 22 lotes, onde serão instaladas as indústrias que estão sendo prospectadas (granito, calçados e eletrodomésticos). Precisamos ter o alfandegamento dessa área, porque a demanda está sendo além do esperado, finalizar essa questão do cercamento e da conclusão do gate para despacho aduaneiro", apontou.

A previsão para a conclusão dessas obras para o setor II é entre 12 e 18 meses, segundo Mário Lima.

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